Finanças

Dívida pública chega a R$ 5,199 trilhões

Dívida pública chega a R$ 5,199 trilhões
Crédito: Bruno Domingos/Reuters

São Paulo – A dívida pública federal do Brasil cresceu 2,75% em fevereiro sobre janeiro, a R$ 5,199 trilhões, com uma emissão de títulos recorde para o mês, informou o Tesouro Nacional. No mês, a dívida pública mobiliária interna teve avanço de 2,68%, chegando a R$ 4,951 trilhões, enquanto a dívida externa aumentou 4,22%, para R$ 247,93 bilhões.

Em relatório, o Tesouro informou que sua reserva de liquidez fechou o mês em R$ 933,22 bilhões, ante R$ 805,68 bilhões em janeiro, refletindo principalmente o efeito da emissão líquida em fevereiro, que foi de R$ 111,51 bilhões — terceiro maior volume da série histórica, depois dos meses de novembro e dezembro de 2020.

A emissão líquida resultou de emissões totais de R$ 178 bilhões e resgates de R$ 66,5 bilhões.

“Essas emissões foram concentradas basicamente em prefixados nos leilões tradicionais e em taxa flutuante nos leilões de rolagem antecipada de LFT”, disse o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Luiz Felipe Vital.

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Em relação à composição, os títulos que variam com a Selic, representados pelas LFTs, continuaram com maior peso na dívida pública federal, mas diminuíram essa fatia a 34,82% do total, abaixo dos 35,30% de janeiro.

Já os títulos prefixados, que dão mais previsibilidade à gestão da dívida, avançaram a 34,36% da dívida, ante 33,75% no mês anterior.

Os papéis indexados à inflação, por sua vez, mostraram pouca alteração, respondendo por 25,78% da dívida total, ante 25,98% em janeiro.

Março – Ao comentar a conjuntura macroeconômica de março, Vital afirmou que, apesar de o mês ter iniciado sob um cenário “mais misto”, a situação deteriorou-se ao longo do período. Ele disse que o mercado dos títulos dos Estados Unidos (Treasuries) continua “bastante volátil”, influenciando o preço de outros ativos.

“Também tivemos diversos países relatando impactos da pandemia em suas economias, e isso, de forma geral, também gera um cenário externo mais negativo, uma percepção de risco pior para emergentes. O Brasil performou bastante em linha com seus pares”, comentou.

Analisando a variação da curva de juros locais, Vital pontuou que ela ganhou nível, deslocando-se para cima. “Nos prazos mais curtos, isso se deve aos ajustes referentes a mudanças na política monetária, e nos prazos mais longo, se deve não só ao cenário externo mais negativo, mas também a discussões sobre trajetória fiscal”, explicou.(Reuters)

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