Dívida pública federal em abril alcança mais de R$ 6 trilhões

São Paulo – A dívida pública federal subiu 2,38% em abril sobre março, para R$ 6,033 trilhões, informou o Tesouro Nacional ontem. No período, a dívida pública mobiliária federal interna (DPMFi) somou R$ 5,790 trilhões, enquanto a dívida pública federal externa (DPFe) atingiu R$ 242,4 bilhões.
Conforme o Tesouro, do total da dívida pública federal no final de abril, 25% correspondiam a títulos prefixados, 32% a títulos vinculados a índices de preços, 39% a papeis com taxas flutuantes e 4% a papeis cambiais.
Em abril, o aumento de 2,38%, equivalente a R$ 140,1 bilhões, deveu-se, conforme o Tesouro, à emissão líquida de R$ 92,30 bilhões, a maior desde junho de 2021, e à apropriação positiva de juros, no valor de R$ 48,15 bilhões .
O órgão informou ainda que a reserva de liquidez da dívida pública – uma espécie de “colchão” para o pagamento dos compromissos – subiu 8,19% em termos nominais em abril, para R$ 1,053 trilhão de reais.
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Apesar do avanço do estoque da reserva de liquidez, o índice de liquidez, que diz respeito à quantidade de meses à frente que a reserva é capaz de bancar os pagamentos da dívida, passou de 9,22 meses em março para 8,55 meses em abril.
De acordo com o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública do Tesouro Nacional, Luis Felipe Vital, a queda se deve ao volume de compromissos previstos para os próximos meses. “Em janeiro de 2024, vencem quase R$ 300 bilhões”, citou. E completou: “O índice de liquidez está em queda porque ele ainda acumula o janeiro de 2024”.
Vital afirmou ainda que o Tesouro segue com a estratégia de manter os níveis do seu colchão. (Reuters)
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