Finanças

Dólar fecha estável ante real apesar de alta no exterior com promessas de Trump

Às 17h20, o índice que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas caía 0,32%, a 107,010
Dólar fecha estável ante real apesar de alta no exterior com promessas de Trump
Notas de dólar e moeda | Foto: Reprodução Adobe Stock

São Paulo – O dólar fechou a terça-feira (26) praticamente estável ante o real, com o mercado ainda à espera do pacote de medidas fiscais do governo Lula, enquanto no exterior a moeda norte-americana avançava ante boa parte das demais divisas de emergentes, em meio às promessas do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, de elevar tarifas de importação.

O dólar à vista fechou o dia com leve alta de 0,10%, cotado a R$ 5,8096. Em novembro a divisa acumula elevação de 0,49%.

Às 17h05 o dólar para dezembro — o mais líquido atualmente no Brasil – subia 0,09%, aos R$ 5,8085.

A moeda norte-americana atingiu o pico do dia logo na abertura, na esteira das promessas de Trump de impor tarifas maiores sobre os produtos de alguns de seus principais parceiros comerciais.

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Trump disse que em seu primeiro dia no cargo adotará uma tarifa de 25% sobre todos os produtos do México e do Canadá. Em relação à China, prometeu uma taxa adicional de 10% sobre os produtos.

Às 9h02, logo após a abertura, o dólar à vista atingiu a máxima de R$ 5,8280 (+0,42%), acompanhando o avanço visto no exterior. Ainda na primeira meia hora de negócios, porém, a divisa registrou a mínima do dia, de R$ 5,7808 (-0,39%), às 9h30. Ao longo da sessão, a moeda norte-americana retornou para perto da estabilidade.

A expectativa de que o pacote fiscal a ser anunciado pelo governo possa de fato contribuir para o equilíbrio das contas públicas era um fator para a queda das taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) de longo prazo nesta terça-feira, mas não conseguiu sustentar um dólar em baixa.

“Temos um pacote fiscal que parece que está vindo, um petróleo que chegou a subir e um minério de ferro subindo, com açúcar e café em alta”, citou Larissa Quaresma, analista da Empiricus Research.

“Tudo isso seria (motivo para um) dólar mais depreciado (ante o real). Mas mesmo com o pacote fiscal vai ser um desafio controlar o dólar, porque ele está ganhando força globalmente”, acrescentou.

Operador ouvido pela Reuters pontuou que a expectativa pelo pacote fiscal – cuja divulgação vem se arrastando nas últimas semanas – também travava as cotações nesta terça-feira, deixando pouco espaço para altas ou quedas mais intensas.

No exterior, o dólar seguia no fim da tarde em alta firme ante moedas como o peso mexicano, o dólar australiano e o rand sul-africano. Porém, após o forte avanço do início do dia sob influência de Trump, o dólar cedia ante uma cesta de moedas fortes.

Às 17h20, o índice do dólar – que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas – caía 0,32%, a 107,010.

No fim da manhã o Banco Central vendeu todos os 15.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados em leilão para rolagem do vencimento de 2 de janeiro de 2025. (Reportagem distribuída pela Reuters)

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