Finanças

Dólar fecha acima de R$ 5 pela 6ª sessão após dados fortes dos EUA

Às 17h08, o índice que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas subia 0,08%, a 104,300
Dólar fecha acima de R$ 5 pela 6ª sessão após dados fortes dos EUA
Foto: Reprodução Adobe Stock

São Paulo – O dólar à vista fechou a sexta-feira em alta ante o real no Brasil, pela sexta sessão consecutiva acima dos R$ 5,00, acompanhando o avanço da moeda norte-americana também no exterior, onde investidores repercutiam números fortes sobre o mercado de trabalho norte-americano.

O dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 5,0649 na venda, em alta de 0,24%. Na semana, a divisa acumulou alta de 0,98%. Às 17h08, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,09%, a R$ 5,0765 na venda.

No início da sessão, antes do anúncio do relatório payroll nos EUA, o dólar à vista chegou a oscilar no território negativo, tendo marcado a cotação mínima de R$ 5,0283 (-0,48%) às 9h29.

No minuto seguinte, com a divulgação do payroll, a moeda norte-americana começou sua escalada ante o real, em sintonia com o fortalecimento do dólar ante outras divisas no exterior.

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O payroll do Departamento do Trabalho indicou que a economia norte-americana abriu 303.000 vagas de trabalho fora do setor agrícola no mês passado – bem acima da projeção mediana de 200.000 novas vagas, conforme pesquisa da Reuters. As estimativas dos economistas variavam de 150.000 a 250.000 vagas, o que demonstra o quanto o resultado oficial surpreendeu.

Os números elevaram a percepção de que, com o mercado de trabalho aquecido, o Federal Reserve tende a adiar o início do ciclo de corte de juros para junho ou depois disso, o que favoreceu as cotações do dólar ante seus pares. No Brasil, o dólar à vista atingiu o pico de R$ 5,0753 (+0,45%) às 15h02, ainda sob os efeitos do payroll.

“Embora o forte resultado do payroll seja positivo para a economia americana, ele pode ter implicações negativas para outras economias, como no Brasil. A perspectiva de taxas de juros nos níveis atuais por mais tempo nos Estados Unidos pode levar a uma fuga de capital dos mercados emergentes”, pontuou Diego Costa, head de câmbio para o norte e nordeste da B&T Câmbio.

“Isso pode pressionar ainda mais o câmbio e dificultar o controle da inflação no Brasil, que conta também com desafios fiscais”, acrescentou. De fato, o mercado de DIs (Depósitos Interfinanceiros) também sofreu forte influência dos dados norte-americanos nesta sexta-feira, em meio às avaliações sobre o futuro da política monetária.

Às 17h08, o índice do dólar – que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas – subia 0,08%, a 104,300.

Pela manhã, o Banco Central vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados para rolagem dos vencimentos de junho.

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