Finanças

Dólar oscila em margens estreitas e fecha em alta de 0,20%

No fim da tarde, às 17h09, o índice que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,11%, a 104,330
Dólar oscila em margens estreitas e fecha em alta de 0,20%
Foto: Dado Ruvic/Reuters

São Paulo – O dólar à vista fechou a terça-feira em alta ante o real, numa sessão em que as cotações voltaram a oscilar em margens estreitas no Brasil, após a divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central e da inflação pelo IPCA-15 em março.

O dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 4,9839 na venda, em alta de 0,20%. Em março, a moeda norte-americana acumula alta de 0,25%. Às 17h04, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,20%, a R$ 4,984 na venda. A agenda desta terça-feira trouxe duas divulgações de importância no Brasil, ainda no início do dia.

Em primeiro lugar, a ata do Copom indicou que alguns membros do colegiado avaliam que pode ser necessário reduzir o ritmo de cortes da taxa básica Selic, hoje em 10,75% ao ano. O documento reforçou a leitura de que o Copom tende a cortar a Selic em 50 pontos-base em maio, mas em apenas 25 pontos-base em junho.

Em segundo lugar, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) desacelerou sua alta de 0,78% em fevereiro para 0,36% em março. Porém, o resultado deste mês ficou acima da expectativa de 0,32% do mercado, conforme pesquisa da Reuters.

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Esses dois fatores deram força às taxas futuras de juros durante todo o dia e chegaram a favorecer a queda do dólar ante o real no início da sessão, em meio à leitura de que uma Selic não tão baixa contribui para a atração de investimentos pelo Brasil.

Às 9h02 — no início da sessão, pouco após o anúncio do IPCA-15 e já após a divulgação da ata — o dólar à vista marcou a cotação mínima de R$ 4,9654 (-0,17%).

Mas o movimento no câmbio não se sustentou. O dólar passou a subir ainda na primeira hora de negócios, embora as oscilações fossem contidas.

“A ata do Copom veio em linha do que foi indicado na quarta-feira (quando o comunicado do colegiado foi divulgado). Apesar de o mercado demonstrar cautela, ela pouco influenciou o câmbio no Brasil”, pontuou Matheus Massote, especialista em câmbio da One Investimentos.

Às 12h42, o dólar à vista marcou a máxima de R$ 4,9947 (+0,41%). O movimento ocorreu enquanto, no exterior, a moeda norte-americana apresentava sinais mistos ante outras divisas.

No fim da tarde, às 17h09, o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — subia 0,11%, a 104,330.

Pela manhã, o BC vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados para rolagem dos vencimentos de junho.

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