Finanças

Dólar tem queda e fecha segunda semana consecutiva em desvalorização

Dólar tem queda e fecha segunda semana consecutiva em desvalorização
Na sexta-feira, moeda norte-americana encerrou a sessão com recuo de 0,35%, a R$ 3,99 - Crédito: Marcos Brindicci / Reuters

São Paulo – O dólar começou novembro em queda, para pouco abaixo de R$ 4, e engatou a segunda semana consecutiva perdendo valor ante a moeda brasileira, na esteira de uma sexta-feira (1º) positiva e marcada por recordes em Wall Street, por esperanças sobre acordo comercial entre Estados Unidos (EUA) e China.

No mercado interbancário, o dólar caiu na sexta-feira 0,35%, a R$ 3,9950 na venda. Na semana, a cotação recuou 0,36%, depois de devolver 2,67% na semana anterior. É a primeira vez desde a semana encerrada em 12 de julho que o dólar cai por duas semanas seguidas. Na B3, o dólar futuro de maior liquidez cedia 0,58%, a R$ 4,0010.

O dólar não perdeu valor apenas frente ao real. A moeda norte-americana cedia frente a 29 de 33 importantes pares na sessão, pressionada pela demanda por ativos mais arriscados (e que oferecem mais retorno).

Pelo mesmo motivo, o iene – divisa comumente demandada em tempos de incerteza – tinha a segunda maior desvalorização nos mercados de câmbio na sessão, melhor apenas que o combalido peso argentino.

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O mote para o bom humor foram os dados mostrando que a criação de vagas de emprego nos EUA desacelerou em outubro menos do que o esperado, indicando força na maior economia do mundo. Além disso, o mercado também se animou com notícias, em várias frentes, sobre progressos nas negociações comerciais entre EUA e China.

Da pauta local, as atenções seguem voltadas para os leilões do pré-sal a ocorrer no começo do mês – evento já na mira dos agentes financeiros e que contribuiu para o recente alívio na taxa de câmbio.

“O maior ingresso (US$ 8,5 bilhões) deve vir no quarto trimestre, uma vez que os contratos sejam assinados, mas vemos subsequentes fluxos de coparticipação ao longo de todo o ano que vem”, disseram estrategistas do Morgan Stanley em nota.

Os profissionais citaram ainda como fator a influenciar o real o potencial anúncio pela equipe econômica, nos próximos dias, de um pacote de propostas de reformas, “já que medidas pró-crescimento provavelmente darão impulso adicional ao câmbio”. (Reuters)

Cenário externo impulsiona o Ibovespa

São Paulo – O principal índice da bolsa paulista avançou, na sexta-feira (1º), com menores temores de uma recessão global, diante de dados econômicos melhores que o esperado de Estados Unidos e China. Após ter operado no vermelho durante parte da sessão, o Ibovespa reverteu na esteira da melhora em Wall Street e subiu 0,91%, a 108.195,63 pontos. Na semana, o índice avançou 0,77%. O giro financeiro da sessão somou R$ 20,7 bilhões.

Após renovar máximas históricas em outubro, o Ibovespa testou novos recordes intradia, com agentes reiterando perspectivas otimistas para o mercado acionário doméstico.

“Acreditamos que ainda há espaço para a continuidade desse movimento”, afirmou equipe da BB Investimentos, prevendo que o Ibovespa atingirá 120 mil pontos nos próximos 12 meses.

A criação de vagas de trabalho nos Estados Unidos (EUA) desacelerou menos que o esperado em outubro, enquanto a atividade industrial da China expandiu no ritmo mais forte em mais de dois anos, aliviando temores de uma recessão econômica global.

Também acalmando investidores, o representante de Comércio dos EUA, Robert Lighthizer, e o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, disseram que fizeram progresso em várias questões na sexta-feira com o vice-premiê da China, Liu He, sobre um acordo comercial provisório.

Mercado interno – No cenário doméstico, a indústria brasileira registrou aumento da produção no terceiro trimestre após três quedas. O resultado de setembro foi o melhor em dois anos.

Do lado negativo, a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 1,206 bilhão em outubro, dado mais fraco para o período desde 2014 (- US$ 1,2 bilhão), impactado por queda acentuada nas exportações. (Reuters)

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