Finanças

Economia da China deve crescer 5% ou mais em 2024, diz KPMG

PIB chinês cresceu 5,2% em termos anuais em 2023, 2,2% acima do registrado em 2022
Economia da China deve crescer 5% ou mais em 2024, diz KPMG
A análise também estima que o mercado imobiliário do país asiático se estabilizará gradualmente | Crédito: Jason Lee / Reuters

A China continua sendo o maior parceiro comercial do Brasil e da América Latina e um dos principais investidores estrangeiros no Brasil. Posição que dever ser ainda mais consolidada com dados recentes sobre a robustez da economia chinesa que mostrou mais vigor que as previsões, com o Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre de 2024 atingindo 29,63 trilhões de yuans (US$ 4,17 trilhões), um aumento de 5,3% ano a ano.

Essa é a análise da KPMG, que estima que o PIB da China crescerá 5% ou mais em 2024. A conclusão decorre da análise de dados do mercado e de informações já publicadas sobre a segunda maior economia do mundo.

O PIB da China cresceu 5,2% em termos anuais em 2023, 2,2% acima do registrado em 2022 e a produção industrial de valor agregado do gigante asiático avançou 4,6% no mesmo período. Em dezembro de 2023, a produção industrial de valor agregado aumentou 6,8%, enquanto que a produção industrial subiu de forma constante e a indústria de fabricação de equipamentos cresceu rapidamente.

O papel fundamental do consumo ficou mais proeminente e tornou-se o principal motor do crescimento econômico chinês. Os gastos do consumidor final em 2023 impulsionaram o crescimento econômico em 4,3%.

“Acreditamos que, com a implementação proativa de políticas de crescimento e emprego, o rendimento dos residentes e a situação do mercado melhorem, o que conduzirá a uma maior recuperação do consumo. A inovação tecnológica e a transformação verde impulsionarão o investimento na indústria transformadora, bem como em infraestruturas e continuará a desempenhar um papel de apoio para manter um crescimento estável”, afirma o sócio-líder do Desk China da KPMG no Brasil e na América do Sul, Daniel Lau.

O investimento em ativos fixos da China cresceu 3% em termos anuais no ano que passou. O investimento na indústria transformadora e em infraestruturas continuou a crescer, enquanto o investimento no mercado imobiliário permaneceu lento. O investimento nas indústrias de alta tecnologia subiu 10,3%, 7,3% a mais que o investimento total. E o investimento em alta tecnologia manteve uma boa dinâmica de crescimento.

As exportações da China cresceram em termos anuais e situaram-se em 23,77 trilhões de RMB em 2023. Os embarques de veículos elétricos, baterias de lítio e células solares tiveram incremento de 29,9% em termos anuais, atingindo 1,06 trilhões de RMB. Isso reforça que a estrutura das exportações daquele país continua tendo uma participação cada vez mais crescente de produtos manufaturados avançados que, em resumo, são os “Novos Três”: Novos veículos de energia (NEVs), Painéis Solares e Baterias de Lítio. Eles se tornaram e continuam sendo um novo eixo de crescimento robusto da indústria e das exportações.

Por fim, a avaliação da KPMG prevê também que o mercado imobiliário irá estabilizar gradualmente e o seu impacto negativo no desenvolvimento econômico também irá enfraquecer. Com a melhoria das perspectivas econômicas globais e otimização contínua da estrutura econômica da China, as exportações manterão uma forte resiliência.

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