Finanças

Empreendedor pode conquistar mais vendas com Pix por aproximação

Confira dicas e o que muda com a nova modalidade de pagamento
Empreendedor pode conquistar mais vendas com Pix por aproximação
Foto: Adobe Stock

A partir desta sexta-feira (28), as instituições financeiras passaram a disponibilizar no Pix a modalidade de pagamento por aproximação, o que pode fomentar a realização de mais negócios por parte do pequeno empreendedor, incrementando as vendas, além de contribuir para uma gestão mais simples do empreendimento, liquidez e fluxos de caixa. Com essa facilidade, os clientes poderão pagar as contas apenas aproximando o celular da maquininha das empresas, como já é feito com cartões de crédito e débito.

De acordo com a analista do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Minas) Débora de Souza essa nova funcionalidade pode fomentar o crescimento dos pequenos negócios.

“Uma vez que o empreendedor tem aquele dinheiro caindo na conta na mesma hora, fica muito mais simples fazer a conferência daquele recurso comparado a outros tipos de meios de recebimento, como por exemplo a maquininha de cartão, que tem antecipação de recebíveis e outras taxas atreladas”, explica.

Segundo pesquisa do Sebrae, o Pix é utilizado como moeda de negociação pelos consumidores em busca de descontos e é a modalidade preferida por quase a metade dos microempreendedores individuais (MEIs) do País, índice que chega a 48%.

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Além disso, 97% dos empreendedores aceitam o Pix como forma de pagamento. De todo o recurso movimentado com a venda de produtos, esse modelo de pagamento já responde por 51% ou mais do faturamento das empresas pesquisadas.

A analista aponta que o principal destaque sobre essa nova funcionalidade do Pix é, de fato, a facilidade que traz para o pequeno negócio em termos de métodos de recebimento. “Uma outra coisa também é a fluidez do caixa, porque aquele recurso não vai cair na conta daqui a dois dias ou um mês. É, de fato, o dinheiro entrando na conta de maneira mais fácil e simples. E o terceiro ponto é, inclusive, sobre segurança, ao utilizar os pagamentos digitais de forma mais fluida. Afinal, hoje, dificilmente o consumidor tem uma cédula de dinheiro na carteira”, destaca.

É importante que os empreendedores se atentem a essa melhoria tecnológica e se adaptem para receber pagamentos desta forma, pois se trata de uma resposta à demanda do mercado, afirma a analista. “Temos milhares de pequenos negócios no País e a concorrência e o mercado estão aí, então a atenção, adaptação e a adequação a essas novidades também promovem um diferencial para os pequenos negócios que têm mais possibilidades com mais modalidades de métodos de recebimento dos consumidores”, avalia.

Débora de Souza explica que ainda não há como dimensionar um possível incremento para as vendas dos empreendedores com o uso do Pix por aproximação, mas o fato é que “a pessoa que pagava de uma certa maneira, vai começar a pagar de outra forma e, com isso, esperamos que haja um aumento significativo no número de Pix frente a outros métodos de recebimento, como cartão de crédito, cartão de débito e até o dinheiro. Por isso há expectativa de aumento na possível mudança de hábito com esse tipo de recebimento, o que pode impactar diretamente na gestão financeira do negócio”, projeta.

Entretanto, a analista orienta sobre alguns pontos que os empreendedores devem ficar atentos com relação ao Pix por aproximação:

  • Verificar se os equipamentos, as maquininhas disponíveis já estão adaptadas para receber esse tipo de pagamento.
  • O empreendedor precisa entender de que maneira que essa nova entrada de recursos do Pix na conta vai impactar as vendas e a gestão financeira.
  • E procurar o Sebrae. “Podemos apoiar muito nesses dois aspectos, entender se os métodos de recebimento daquele negócio são os mais adequados para o segmento dele e, ao mesmo tempo, ajudar na gestão financeira mais apurada e mais ajeitada, que vai fazer com que o empreendedor possa, de fato, alocar melhor os recursos que ele tem no negócio dele”.

O que muda para o empreendedor com o Pix por aproximação?

Até então, o dono do pequeno negócio gerava um código e o cliente precisava entrar no aplicativo do banco, ir até a área de Pix, selecionar a opção de “QR Code”, ler o código e concluir a transação.

Agora, o cliente aproxima o celular da máquina, como ocorre com os cartões. A forma de pagamento neste modelo terá o limite padronizado de R$ 500, que poderá ser alterado pelo cliente.

Além de utilizar a funcionalidade aproximando das maquininhas, o Pix poderá ser incluído em carteiras digitais (Apple Pay, Samsung Pay e Carteira do Google). Com isso, os consumidores não precisarão mais acessar o aplicativo do banco para fazer pagamentos.

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