Finanças

Saiba quais são os erros financeiros diários que atrasam a aposentadoria

Especialista destaca pequenos hábitos que podem fazer a diferença e adiar o merecido descanso
Saiba quais são os erros financeiros diários que atrasam a aposentadoria
Foto: Reprodução Adobe Stock

No fim da última década, a aposentadoria ganhou destaque no Brasil, sobretudo com a aprovação da Reforma da Previdência, em 2019. Por outro lado, se uma parcela da população passou a se preocupar mais com o tema, há quem negligencie aspectos importantes, que atuam como sabotadores e prolongam o caminho até o merecido descanso.

Para entender melhor a questão, a educadora financeira e especialista em investimentos Adriana Ricci destaca cinco comportamentos diários, muitas vezes vistos como inofensivos, mas que podem gerar desequilíbrios nas finanças pessoais a longo prazo.

  1. Crescimento de gastos conforme aumento da renda

Esse comportamento é um dos mais recorrentes. Sempre que há um crescimento na renda, seja uma promoção, um bônus ou mesmo reajustes salariais, rapidamente isso entra na conta de um novo padrão de consumo, ao invés de fortalecer a reserva para o futuro.

“Receber mais não significa gastar mais. Se esse dinheiro extra não for direcionado desde o primeiro mês para investimentos consistentes, ele desaparece com o tempo e não traz retorno”, destaca.

  1. Pequenos gastos não listados

Aplicativo por assinatura, compras impulsivas ou despesas parceladas são alguns dos gastos que podem parecer irrelevantes isoladamente, mas acumuladas ao longo do mês, comprometem parte significativa do orçamento.

  1. Uso descontrolado do cartão de crédito

Continuar usando o cartão de crédito mesmo sem conseguir pagar tudo o que deve também é um hábito que atrasa a organização financeira. A prática mascara o real impacto dos juros e dificulta o controle de gastos.

“O crédito rotativo é uma das dívidas mais caras do mercado. Usar o cartão sem quitar o total da fatura é como caminhar financeiramente para trás”, explica a especialista.

  1. Ausência de uma reserva de emergência

Imprevistos como demissões, problemas de saúde ou despesas familiares exigem respostas rápidas, e, sem esse fundo, pode ser que seja necessário recorrer a empréstimos ou comprometer investimentos que deveriam estar protegidos.

  1. Uso indevido de receitas inesperadas

Bônus, heranças ou restituições para consumo imediato, já que esses valores são boas oportunidades para acelerar a formação do patrimônio.

“A chance de dar um salto na vida financeira não aparece toda hora. Quando surge, é preciso ter maturidade e não desperdiçar”, conclui.

Colaborador

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