Finanças

Fampe: Desembolsos somam no ano R$ 394 milhões em Minas

Fampe: Desembolsos somam no ano R$ 394 milhões em Minas
Necessidade de fluxo de caixa e precaução por pandemia estiveram entre principais motivos que levaram empresários a buscar recursos em 2020 | Crédito: Joel santana / Pixabay

O volume de recursos liberados em operações de crédito com verbas do Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe) em Minas Gerais, no primeiro semestre de 2021, já corresponde a quase 70% do total realizado no ano passado. Entre janeiro e junho deste ano, já foram feitas 7.536 operações avalizadas pelo fundo no Estado, somando mais de R$ 394 milhões em recursos liberados, sendo quase 80% desse montante garantido pelo Fampe.

Apenas em 2020, as operações de crédito com garantias do Fampe em Minas Gerais ultrapassaram em mais de 10% o total das transações pelo fundo nos três anos anteriores. Foram 12.754 operações no Estado, somando mais de R$ 578 milhões em recursos liberados, sendo 64% correspondente ao aval concedido. Entre 2017 e 2019, o Fampe garantiu 11.051 operações de crédito no Estado. No total, foram liberados cerca de R$ 522 milhões em recursos, sendo praticamente 50% desse montante de aval do fundo.

Os dados são de um levantamento realizado pelo Sebrae Minas, que também ouviu, entre os dias 3 e 21 de maio, 800 empresários mineiros (MEI e MPE) que acessaram alguma linha de crédito utilizando o Fampe entre janeiro de 2020 e março de 2021. O objetivo do estudo é entender as dificuldades enfrentadas pelos empreendedores no processo de tomada de empréstimo, utilização e pagamento do crédito.

De acordo com o levantamento, nos últimos dois anos mais de 20 mil empresas foram beneficiadas pelo Fampe, sendo 53% do comércio, 33% de serviços e 14% da indústria. Cerca de 40% das empresas que conseguiram crédito com garantias do fundo nesse período são de pequeno porte (EPP), 34% microempresas (ME) e 26% são microempreendedores individuais (MEI).

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Motivações De acordo com a pesquisa do Sebrae Minas, os principais motivos que levaram os empresários a buscarem crédito por meio do Fampe em Minas Gerais, no ano passado, foram a necessidade de gerar fluxo de caixa (46% dos entrevistados) e como medida de precaução por conta dos efeitos da pandemia nos negócios (33%). Outras razões apontadas pelos empresários para a tomada de crédito foram: quitar dívidas da empresa (20%), implantar melhorias em geral (15%) e compra de mercadorias (13%) e equipamentos (11%).

O levantamento também mostra que mais da metade dos entrevistados (52%) têm a intenção de buscar crédito em 2021. As motivações para a obtenção de um novo empréstimo, contudo, se diferenciam em relação ao empréstimo anterior. Gerar fluxo de caixa continua como o principal objetivo para a maior parcela dos empresários (47%). Já a precaução em razão da pandemia segue representando uma importante motivação para os empresários, mas agora aparece em terceiro lugar (27%), atrás da indicação de obtenção de um novo crédito para a implantação de melhorias em geral (30%).

“Essas mudanças vão ao encontro de uma expectativa de futuro otimista por parte dos empresários, apontada inclusive no índice de confiança dos pequenos negócios em maio, que chegou a 107 pontos, de acordo com a pesquisa Iscon”, destaca o diretor-técnico do Sebrae Minas, João Cruz. (Agência Sebrae Minas)

Microcrédito do BNB cresce 25% no semestre

Montes Claros – O programa de microcrédito urbano do Banco do Nordeste, o Crediamigo, investiu R$ 313,3 milhões na economia do Norte de Minas Gerais no primeiro semestre de 2021. O valor é 25,0% maior do que o aplicado no mesmo período do ano passado. Até junho, foram contratadas 107,8 mil operações por microempreendedores formais e informais mineiros, alta de 7,1% na comparação com 2020.

O Crediamigo oferece capital de giro e investimento para micro e pequenos empreendedores, com financiamentos que vão de R$ 100 a R$ 21 mil, e contempla empreendedores individuais ou em grupo que atuam, por exemplo, nos segmentos da indústria, do comércio e dos serviços.

Enquadram-se no segmento da indústria negócios como marcenarias, sapatarias, carpintarias, artesanatos, alfaiatarias, gráficas, padarias e produção de alimentos. Já o segmento de comércio abrange ambulantes, vendedores em geral, mercadinhos, papelarias, armarinhos, bazares, farmácias, armazéns, restaurantes, lanchonetes, feirantes, pequenos lojistas, açougueiros, vendedores de cosméticos.

Nos serviços, segmento que concentra maior número de microempreendedores financiados pelo Crediamigo, estão os salões de beleza, oficinas mecânicas, borracharias, dentre outros negócios.

O gerente de negócios Marcos Cantuária aposta em mais crescimento no segundo semestre. “Acreditamos que o cenário atual de pandemia está próximo de ser superado. A economia já está se recuperando e o Crediamigo vai continuar apoiando os microempreendedores da nossa região”, afirma.

O Crediamigo Banco do Nordeste, maior programa de microfinança urbana da América do Sul, alcançou um recorde em desembolsos ao investir, no primeiro semestre deste ano, R$ 6,4 bilhões, valor equivalente a 2,2 milhões de operações de crédito, nos nove estados do Nordeste, Norte de Minas Gerais e do Espírito Santo.

Além dos R$ 313,3 milhões do Crediamigo, o BNB contratou mais R$ 1,63 bilhão no primeiro semestre de 2021 em Minas Gerais. Este valor é 61,7% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado. O montante está pulverizado em 31,5 mil operações de crédito, 12,7% a mais do que a quantidade apresentada nos seis primeiros meses de 2020.

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