Finanças

Financiamento imobiliário tem queda de 3%

Número foi divulgado pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip)
Financiamento imobiliário tem queda de 3%
Foto: Diário do Comércio / Arquivo / Charles Silva Duarte

São Paulo – Os financiamentos imobiliários totais tiveram queda de 3% no primeiro semestre de 2025, na comparação com o mesmo período do ano anterior, para R$ 140,4 bilhões. O número foi divulgado nesta terça-feira (29) pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).

A queda nos primeiros seis meses deste ano foi puxada pelos financiamentos com recursos que têm origem no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que caíram 10% no período, para R$ 73,6 bilhões. Já os financiamentos com recursos originados no Fundo de Garantia do Tempo se Serviço (FGTS) tiveram alta de 6%, para R$ 66,8 bilhões.

A associação prevê que, para o final do ano, as concessões de crédito imobiliário do SBPE alcancem R$ 150 bilhões, queda de 20% ante 2024. Já para o FGTS, a expectativa é de que os valores cheguem a R$ 152 bilhões, alta de 20%.

Os recursos classificados pela Abecip como FGTS incluem também R$ 15 bilhões oriundos do pré-sal, explicou Sandro Gamba, presidente da Abecip. Ele citou ainda que, no que diz respeito ao SBPE, “estamos no menor patamar de inadimplência da série histórica”.

PIB

O presidente da Abecip, Sandro Gamba, disse que a estimativa é de que o Produto Interno Bruto (PIB) da construção cresça 2,3% no final de 2025.

De acordo com ele, o crescimento da renda real é um dos fatores mais importantes para o mercado de crédito imobiliário, e o indicador aumentou 3%, no acumulado do ano até aqui, na comparação com 2024.

Ainda de acordo com Gamba, a estrutura de crédito imobiliário terá cada vez mais correlação com a taxa Selic e a curva de juros, sobretudo a taxa de dez anos. No que diz respeito à valorização dos imóveis, a valorização acumulada nos últimos seis meses foi superior ao IPCA, afirmou.

Já o nível de estoque do mercado “continua baixo e tem permitido lançamentos”, segundo o presidente da Abecip. Do primeiro trimestre de 2024 para o primeiro trimestre de 2025, os lançamentos aumentaram 15% no Brasil. Na cidade de São Paulo, a alta foi de 66% nos primeiros cinco meses do ano.

As vendas no País acompanharam a tendência de lançamentos e cresceram 16%. Na capital paulista, porém, a alta foi de 24%, de modo que “a velocidade de vendas está um pouco abaixo do volume de lançamento” e pode contribuir para a formação de estoque, falou Gama.

Reportagem distribuída pela Estadão Conteúdo

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