Finanças

Focus: inflação no País deve atingir 6,86% neste ano

Focus: inflação no País deve atingir 6,86% neste ano
Crédito: Marcello Casal Jr / Agência Brasil

Brasília – O mercado financeiro aumentou pela 11ª vez consecutiva a previsão de inflação para este ano. Segundo projeção do Boletim Focus, divulgada ontem pelo Banco Central, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve fechar este ano em 6,86%. Há uma semana, a projeção do mercado era de que a inflação este ano ficasse em 6,59%%. Há quatro semanas, a previsão era de 5,6%.

Divulgado semanalmente, o Boletim Focus reúne a projeção de mais de 100 instituições do mercado para os principais indicadores econômicos do País. Para 2023, o mercado também aumentou a projeção da variação do IPCA. Com isso, a projeção desta semana aponta uma inflação de 3,8% ante os 3,75% projetados na semana passada. Há quatro semanas, a projeção era de uma inflação de 3,51% no próximo ano.

Para 2024, o mercado também aumentou a estimativa da semana passada e projetou uma inflação de 3,2%, ante os 3,15% da semana passada.

PIB

Na projeção desta semana, o Focus manteve a previsão do Produto Interno Bruto (PIB) registrada há sete dias. Com isso, a projeção para 2022 está em 0,5%.

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Para 2023, entretanto, o Boletim Focus também manteve a previsão da semana passada, de um crescimento na economia de 1,3%. Há quatro semanas, a previsão era de que o PIB crescesse 1,5%. Para 2024, a projeção ficou estável, em 2%.

Taxa de juros e câmbioO mercado também manteve a previsão da semana passada para a taxa básica de juros, a Selic, para 2022. Na projeção divulgada nesta segunda-feira, a Selic deve ficar em 13%.

No dia 16, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa Selic, de 10,75% para 11,75% ao ano, como forma reduzir a atividade econômica e conter a alta nos preços.

Para o fim de 2023, a estimativa do mercado para a Selic é que a taxa básica fique em 9% ao ano, mesma projeção da semana passada. Para 2024, a previsão da Selic se manteve estável em relação à semana passada, ficando em 7,5% ao ano.

No que diz respeito ao câmbio, a expectativa do mercado para a cotação do dólar em 2022 diminuiu, ficando em R$ 5,25, ante os R$ 5,30, da semana passada.

Para o próximo ano, a previsão do mercado também apresentou uma queda na projeção do câmbio, em relação ao divulgado na semana anterior. Com isso, a projeção passou de R$ 5,22 para R$ 5,20, esta semana. Para 2024, a estimativa para a cotação da moeda americana ficou em R$ 5,20.

Servidores do BC vão iniciar greve

Brasília – Servidores do Banco Central (BC) aprovaram em assembleia nesta segunda-feira o início de uma greve por tempo indeterminado a partir do dia 1º de abril, informou o presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), Fábio Faiad.

A categoria vem pressionando o governo por reajustes salariais e reestruturação de carreiras e já vinha adotando operação padrão, com paralisações diárias em horários específicos.

Segundo Faiad, a adoção da greve foi apoiada por mais de 90% dos participantes da assembleia realizada ontem, que reuniu 1.200 pessoas. No encontro, também foi discutida uma entrega coletiva de cargos de chefia.

O Banco Central não comentou de imediato a decisão anunciada pelo sindicato. Na sexta-feira (25), o presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse que respeita o direito de manifestação dos servidores, mas afirmou que os funcionários têm “senso de responsabilidade” e que o órgão possui um esquema de contingência caso “algo mais severo aconteça”.

Ontem, Campos Neto faria uma viagem para o Paraná, onde participaria de um evento. No domingo, no entanto, o BC informou o cancelamento da agenda, justificando que ele permaneceria em Brasília para tratar de temas governamentais.

Desde a última semana, o Banco Central vem adiando a divulgação de indicadores e estatísticas. Nesta segunda, foram postergadas as publicações de estatísticas relativas ao mês de fevereiro do setor externo, crédito e resultado fiscal.

A autoridade monetária não informou as razões da mudança, mas o sindicato atribui os entraves ao movimento dos servidores.

Segundo Faiad, representantes da categoria se reuniram no sábado com Campos Neto, mas não houve proposta formal de reajuste ou reestruturação de carreiras. (Reuters)

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