Finanças

Governo anuncia fim gradual de direcionamentos obrigatórios da poupança

O novo modelo deverá ter "plena vigência" a partir de janeiro de 2027
Governo anuncia fim gradual de direcionamentos obrigatórios da poupança
Crédito: Reprodução Adobe Stock

O governo anunciou nesta sexta-feira (10) mudanças nas regras do crédito imobiliário, prevendo o fim gradual do direcionamento obrigatório dos depósitos nas cadernetas de poupança a essa modalidade de financiamento e também o fim dos depósitos compulsórios no Banco Central de parcela dessas aplicações.

O novo modelo deverá ter “plena vigência” a partir de janeiro de 2027, segundo nota do Palácio do Planalto.

A mudança é anunciada em meio à queda crescente dos depósitos em caderneta de poupança, que têm baixa rentabilidade em relação a demais aplicações — processo que o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, vinha alertando ser estrutural, demandando uma reformulação do modelo de financiamento imobiliário.

Atualmente, 65% dos depósitos da poupança precisam ser direcionados ao crédito imobiliário e outros 20% são obrigatoriamente recolhidos no BC.

O governo vai acabar com essas exigências, liberando os bancos a direcionar recursos da poupança a aplicações com rendimentos maiores, em valor equivalente ao que tenham direcionado a financiamentos habitacionais. Para isso, 80% dos financiamentos habitacionais deverão ser feitos pelas regras do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), cujos juros são limitados a 12% ao ano.

Segundo o Planalto, até lá segue valendo o direcionamento de 65% dos depósitos da poupança para o crédito habitacional. Durante a transição, o volume dos compulsórios será reduzido para 15% e os 5% restantes serão aplicados no novo regime.

Em outra iniciativa no âmbito do programa, o governo anunciou a elevação do valor máximo do imóvel financiado pelo SFH para R$ 2,25 milhões, de R$ 1,5 milhão em vigor atualmente.

Conteúdo distribuído por Reuters

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas