Finanças

Governo central fecha maio com déficit

Governo central fecha maio com déficit
Crédito: Pixabay

Brasília/São Paulo – O governo central registrou um déficit primário de R$ 20,947 bilhões em maio, rombo inferior ao esperado por analistas e bem abaixo do saldo negativo recorde de R$ 126,636 bilhões computado no mesmo mês do ano passado, quando o governo promovia um amplo conjunto de medidas de enfrentamento à crise gerada pela pandemia da Covid-19.

No acumulado do ano, o governo central – composto por Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central – ainda registra um superávit primário, de R$ 19,911 bilhões, melhor resultado para o período desde 2014, mostraram dados divulgados pelo Tesouro Nacional ontem.

“O resultado primário do mês de maio revela a manutenção na melhora das condições fiscais do governo central observada desde o início do ano, ocasionada pelo desempenho bastante robusto da receita, acompanhado de um nível de execução das despesas abaixo do patamar do ano anterior”, disse o Tesouro em nota.

O texto destacou que as receitas têm sido impactadas pela maior atividade e também pelo aumento dos preços, que elevam os valores sobre os quais incide a tributação.

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Já nas despesas, o efeito vem da maior focalização das despesas com o combate à pandemia, da postergação da execução de gastos como resultado do atraso na aprovação do Orçamento do ano e do maior controle de despesas obrigatórias, disse o Tesouro.

As receitas líquidas do governo central aumentaram 93,4% em termos reais no mês sobre maio de 2020, para R$ 112,876 bilhões, enquanto as despesas caíram 31,4%, para R$ 133,823 bilhões.

As despesas relacionadas ao combate à Covid-19 somaram R$ 16,120 bilhões no mês – dos quais R$ 8,919 bilhões disseram respeito ao pagamento do auxílio emergencial – e R$ 36,598 bilhões no acumulado do ano.

O déficit do mês passado veio um pouco abaixo do esperado por economistas, segundo pesquisa da Reuters que apontava saldo negativo de R$ 23,2 bilhões.

Nos primeiros cinco meses de 2020, o governo central registrou déficit de R$ 222,493 bilhões.

Emissão de títulos – O Tesouro Nacional informou também ontem a emissão de títulos em dólares no mercado internacional, com um novo benchmark de 10 anos.

Segundo nota, o Tesouro ainda vai promover a reabertura do atual benchmark de 30 anos, o Global 2050.

“O objetivo da operação é dar continuidade à estratégia do Tesouro Nacional de promover a liquidez da curva de juros soberana em dólar no mercado externo, provendo referência para o setor corporativo, e antecipar financiamento de vencimentos em moeda estrangeira”, disse o Tesouro em nota.

Com isso, o Brasil retorna ao mercado externo após levantar US$ 2,5 bilhões no início de dezembro em emissão que envolveu a reabertura de títulos de 5 anos (Global 2025), 10 anos (Global 2030) e 30 anos (Global 2050).

A operação será liderada pelos bancos Bradesco BBI, Goldman Sachs e HSBC. Os títulos serão emitidos no mercado global. (Reuters)

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