Haddad diz que investigação sobre Banco Master é ‘muito robusta’
Brasília – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (18) que as investigações sobre o Banco Master devem estar muito robustas para terem levado à prisão do proprietário da instituição, Daniel Vorcaro.
Durante entrevista à imprensa, Haddad evitou comentar a operação da Polícia Federal (PF), mas disse que a pasta está à disposição do Banco Central (BC), que conduzirá os desdobramentos do caso.
“O Banco Central é órgão regulador do sistema financeiro e tenho certeza de que, para ter chegado a esse ponto, todo esse processo deve estar muito robusto”, disse o ministro, ao chegar à sede do Ministério da Fazenda nesta terça.
Liquidação
O BC comunicou, também nesta terça (18), a liquidação extrajudicial da Master Corretora de Câmbio, Títulos e Valores Imobiliários. A autarquia decretou a indisponibilidade dos bens de controladores e ex-administradores do grupo.
“Eu penso que o Banco Central vai dando as informações na medida das suas possibilidades, à medida do andamento do processo de liquidação. O que cabe à Fazenda é dar suporte para as consequências desse ato; se houver, nós estamos aqui prontos para colaborar”, afirmou o ministro Haddad.
Com a liquidação da Master Corretora, uma das consequências é o uso do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) para ressarcir os investidores. “É uma coisa que diz respeito ao sistema financeiro como um todo, mas aí vamos ver os desdobramentos e o impacto disso”, acrescentou Haddad.
Entidade privada gerida pelos bancos associados, mas regulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), o FGC garante saldos em conta e investimentos de pessoas físicas e jurídicas de até R$ 250 mil para cada instituição financeira, com limite global de até R$ 1 milhão em quatro anos. O valor é pago aos investidores em caso de quebra ou liquidação de instituição financeira.
Em agosto, em reunião extraordinária, o CMN apertou as exigências para que instituições financeiras possam se associar ao fundo. Previstas para entrar em vigor em 1º de junho de 2026, as novas regras foram definidas após o Banco Master passar a ser investigado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, no contexto do anúncio de compra do Master pelo Banco de Brasília (BRB), instituição financeira ligada ao governo do Distrito Federal.
Reportagem distribuída pela Agência Brasil
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