Finanças

Ibovespa fecha em alta com BRF em destaque antes de decisão do BC

O Comitê de Política Monetária (Copom) anuncia ainda nesta quarta-feira decisão sobre a taxa básica de juros
Ibovespa fecha em alta com BRF em destaque antes de decisão do BC
Painel de cotações na B3 em São Paulo | Foto: Amanda Perobelli/Reuters

São Paulo – O Ibovespa fechou no azul nesta quarta-feira, ajudado pela disparada da BRF após resultado acima das expectativas, em dia marcado por uma bateria de balanços corporativos e expectativa para a decisão de política monetária do Banco Central (BC).

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,21%, a 129.480,89 pontos, com a agenda fraca no exterior reforçando as atenções para o Brasil, inclusive a situação das enchentes no Rio Grande do Sul. O volume financeiro no pregão somou R$ 21 bilhões.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC anuncia ainda nesta quarta-feira decisão sobre a taxa básica de juros, com o mercado dividido entre um corte de 0,25 e 0,50 ponto percentual na Selic, atualmente em 10,75% ao ano.

“O Ibovespa esteve bem travado hoje, com mercado ajustando expectativa para Copom”, afirmou o analistas Régis Chinchila, da Terra Investimentos, citando também receio fiscal com toda a operação montada para ajudar o Rio Grande do Sul.

Uma nova batelada de balanços corporativos ainda está prevista para o final do dia, incluindo os números de Banco do Brasil, Arezzo, Braskem, Cogna, Copel e Lojas Renner.

Destaques

  • BRF ON disparou 11,17%, após divulgar lucro líquido de R$ 594 milhões no primeiro trimestre, acima das expectativas de analistas. A companhia disse que ainda está calculando as perdas relacionadas às enchentes no Rio Grande do Sul e afirmou que todas as unidades do Estado estão operando, mas ponderou que inundações impõem desafios logísticos. Executivos da processadora de frango e suínos afirmaram que os preços da carne de frango nos mercados de exportação provavelmente continuarão melhorando. MARFRIG ON, principal acionista da BRF, saltou 11,18%.
  • PETROBRAS PN subiu 1,53%, beneficiada pela melhora dos preços do petróleo no exterior, onde o barril de Brent fechou em alta de 0,51%.
  • ENGIE BRASIL ON avançou 4,48%, mesmo após a geradora e transmissora de energia divulgar lucro líquido ajustado de R$ 793 milhões no primeiro trimestre, o que representou uma queda de 10,1% em relação ao desempenho apurado em igual período de 2023. O dado considera ajustes pela venda de uma participação da companhia na transportadora de gás TAG.
  • GPA ON caiu 5,88%, em sessão de ajustes após o salto desde meados de abril. A rede de varejo alimentar encerrou o primeiro trimestre com prejuízo líquido das operações continuadas de R$ 407 milhões, acima da perda de R$ 319 milhões um ano antes, afetado pela adesão ao programa de quitação de débitos de ICMS com o Estado de São Paulo e impairment após a venda da sede administrativa.
  • TELEFÔNICA BRASIL ON recuou 5,63%, após mostrar alta de 7,3% em seu lucro líquido do primeiro trimestre, para R$ 896 milhões, abaixo das previsões dos analistas. A empresa, que opera sob a marca Vivo, disse que tem serviços afetados pelas chuvas no Rio Grande do Sul nos últimos dias, com 13% dos clientes de banda larga fixa da companhia sem conseguirem acesso à rede da empresa. Em telefonia móvel, a empresa está sem serviço em cerca de 30 cidades do Estado.
  • AMBEV ON perdeu 3,41%, mesmo após lucro líquido de R$ 3,8 bilhões no primeiro trimestre, acima das estimativas de analistas, com a receita líquida encolhendo 1,2%. A fabricante de bebidas disse na véspera que vai parar a produção de cerveja em Viamão, na grande Porto Alegre, para envasar água potável e doar à população do Rio Grande do Sul, com a distribuição prevista para começar nesta quarta-feira.
  • ITAÚ UNIBANCO PN fechou em alta de 0,64%, enquanto BRADESCO PN terminou com acréscimo de 0,22%. BANCO DO BRASIL ON valorizou-se 0,32%.
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