Finanças

Ibovespa fecha em alta discreta com apoio de Petrobras

O volume financeiro somou R$ 19,25 bilhões, de uma média diária no ano de R$ 23,6 bilhões
Ibovespa fecha em alta discreta com apoio de Petrobras
Foto: Reprodução Adobe Stock

São Paulo – O Ibovespa fechou com um acréscimo tímido nesta segunda-feira (8), em mais uma sessão de volume reduzido, com o desempenho robusto das ações da Petrobras após anunciar aumento no preço da gasolina prevalecendo sobre o declínio dos papéis de Vale e Banco do Brasil.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa registrou variação positiva de 0,22%, a 126.548,34 pontos, confirmando o sexto pregão seguido fechando no azul, após marcar 125.613,54 pontos na mínima e 126.551,30 pontos na máxima da sessão.

O volume financeiro somou R$ 19,25 bilhões, de uma média diária no ano de R$ 23,6 bilhões.

Na visão de Gabriel Mollo, analista de investimentos do Banco Daycoval, o mercado refletiu nesta sessão o clima de espera entre agentes financeiros para a divulgação de dados de inflação, bem como para as falas do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, ao longo da semana.

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Da agenda macro, as atenções estarão voltadas particularmente para o IPCA de junho na quarta-feira – na cena doméstica – e para o índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos de junho na quinta-feira – na cena externa.

De acordo com economistas do Bradesco, o CPI nos EUA pode intensificar a percepção dos mercados de que o início do ciclo de corte de juros pelo Fed ocorrerá ainda em setembro.

Powell, por sua fez, fala já na terça-feira perante o Comitê Bancário do Senado norte-americano, em sua participação semestral no Congresso dos EUA, que inclui ainda testemunho ao Comitê de Serviços Financeiro da Câmara dos Deputados na quarta-feira, ambos com previsão de começar às 11h (horário de Brasília).

Destaques

  • PETROBRAS PN avançou 2,45%, após anunciar aumento no preço de venda da gasolina às distribuidoras. O UBS BB avaliou que, além do efeito positivo no fluxo de caixa, a decisão sinaliza o compromisso da empresa de continuar a seguir as referências internacionais, mesmo que com algum atraso.
  • VALE ON caiu 0,79%, afetada pelo declínio dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian encerrou as negociações do dia com queda de 3,3%. No setor, CSN MINERAÇÃO ON recuou 2,76%.
  • WEG ON subiu 5,4%, endossada por relatório do Bank of America elevando a recomendação dos papéis para “compra” e o preço-alvo de 44 para R$ 52, citando entre os argumentos para a decisão expectativa de revisão positiva de margens nos próximos trimestres.
  • BANCO DO BRASIL ON caiu 1,65% tendo no radar relatório do Itaú BBA cortando a recomendação para “market-perfom”, enquanto BTG PACTUAL UNIT, que também teve a classificação reduzida para “market perform” fechou com decréscimo de 0,55%.
  • AZUL PN avançou 4,99%, ainda sensível a expectativas de eventual acordo com a Gol. GOL PN, que não faz parte do Ibovespa, subiu 4,24%. Na sexta-feira, o Valor Econômico reportou, citando fontes, que a Azul quer lançar proposta para combinação de negócios com a Gol em até três meses.
  • MAGAZINE LUIZA ON recuou 5,84%, mesmo com a acomodação nas taxas futuras de juros, com outras ações de empresas sensíveis à economia doméstica também na ponta negativa do Ibovespa, como MRV&CO ON, que encerrou em baixa de 2,44% e LOJAS RENNER ON, que perdeu 1,87%.
  • 3R PETROLEUM ON terminou em queda de 1,4%, tendo no radar anúncio de memorando de entendimentos com PetroReconcavo para avaliar o compartilhamento da infraestrutura de gás natural na Bacia Potiguar, no Rio Grande do Norte. PETRORECONCAVO ON também perdeu força e caiu 0,67%.
  • ZAMP ON desabou 8,7%, refletindo receios de investidores com a proposta da companhia para aumento de capital de até R$ 450 milhões, a R$ 3,42 por ação.

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