Finanças

Ibovespa fecha em alta com impulso de Petrobras; Azul recua

No exterior, as bolsas em Wall Street fecharam sem uma direção única, com estabilidade do S&P 500 e avanço do Nasdaq
Ibovespa fecha em alta com impulso de Petrobras; Azul recua
Foto: Reprodução Adobe Stock

São Paulo – O Ibovespa fechou em alta pelo quinto pregão seguido nesta segunda-feira (12), renovando máximas desde o final de fevereiro, ajudado nesta sessão pelo avanço das ações da Petrobras, enquanto os papéis da Azul foram destaque negativo após resultado trimestral e revisão de previsões para 2024.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa fechou em alta de 0,38%, a 131,115,9 pontos, tendo marcado 130.615,25 pontos na mínima e 131.661,99 pontos na máxima do dia. O volume financeiro somou R$ 21,5 bilhões.

No exterior, as bolsas em Wall Street fecharam sem uma direção única, com estabilidade do S&P 500 e avanço do Nasdaq, mas queda do Dow Jones, enquanto os rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos recuaram, com o yield do Treasury de 10 ano marcando 3,9073% no final do dia.

O clima é de expectativa para vários dados econômicos norte-americanos previstos na semana, entre eles números de inflação, vendas no varejo e produção industrial, que podem ajudar a mostrar a situação da maior econômica do mundo e a calibrar apostas sobre os próximos passos do Federal Reserve.

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No Brasil, a temporada de balanços continua ocupando as atenções. Após o resultado da Azul, conhecido antes da abertura, a agenda do final do dia inclui Natura&Co, CSN, CSN Mineração, MRV&Co, São Martinho, entre outros.

De acordo com análise gráfica da Ágora Investimentos, “o Ibovespa deu sequência ao bom momento e confirmou o rompimento da zona de resistência em torno dos 129.900 pontos, tecnicamente voltando a negociar em tendência de alta e sinalizando continuidade do movimento em direção aos 131.700 pontos”.

Destaques

  • PETROBRAS PN fechou em alta de 2,27%, favorecida pelo avanço dos preços do petróleo no exterior, onde o barril de Brent terminou transacionado com elevação de 3,3%. Analistas do BTG Pactual destacaram em relatório nesta segunda-feira que, no geral, apesar de algum ruído em torno da utilização das reservas de capital da empresa para o pagamento de dividendos ordinários, saíram da teleconferência da empresa com analistas na sexta-feira com maior confiança de que os dividendos extraordinários serão baseados na posição de caixa da empresa.

“A falta de despesas futuras significativas — incluindo o crescimento inorgânico — suporta pagamentos especiais antes do final do ano”, afirmaram, reiterando recomendação de “compra” para as ações. Eles também elevaram o preço-alvo dos papéis de 49 para R$ 52, para refletir melhor as condições atuais do mercado, entre elas um real mais fraco.

AZUL PN desabou 11,95%, após a companhia aérea reportar prejuízo líquido ajustado de R$ 744 milhões no segundo trimestre, com um impacto negativo de variação cambial no período de cerca de R$ 3,1 bilhões, ante um desempenho positivo de 1 bilhão no mesmo período de 2023.

A Azul também cortou suas projeções de crescimento de oferta e de Ebitda e aumentou a estimativa de alavancagem para 2024. Analistas do Goldman Sachs reiteraram recomendação de “compra” para as ações, avaliando que a empresa deve manter o poder de precificação, mas consideraram os números do trimestre fracos, bem como avaliaram como um evento negativo a revisão do guidance.

Em teleconferências sobre os resultados, executivos da Azul adotaram um tom mais otimista para o segundo semestre, enquanto afirmaram que a empresa segue conversando com o Grupo Abra sobre a Gol acerca de eventuais oportunidades. GOL PN, que não está no Ibovespa, saltou 6,36%

  • BANCO DO BRASIL ON fechou em alta 2,15%, em sessão majoritariamente positiva do setor no Ibovespa, com ITAÚ UNIBANCO PN subindo 0,14%, BRADESCO PN valorizando-se 0,68% e SANTANDER BRASIL UNIT ganhando 1,01%. BTG PACTUAL UNIT, que divulga seu balanço nesta semana, encerrou com elevação de 1,56%.
  • WEG ON avançou 1,77%, respondendo também por uma contribuição relevante para a alta, na terceira sessão seguida de valorização. Analisas do Itaú BBA atualizaram suas previsões para a companhia, incluindo estimativa de Ebitda de R$ 8,634 bilhões, com margem de 22,6%, neste ano, acima da projeção anterior de R$ 7,749 bilhões, com margem de 22,1%.

Para a receita, aumentaram a previsão em 9% e para o lucro, em 11%. Também reiteraram sua recomendação “outperform”, com preço-alvo de R$ 57, citando entre os argumentos para tal visão um mercado global de transformadores em expansão, que deve impulsionar a receita e a lucratividade da WEG até o final da década, bem como uma inflexão positiva na demanda por produtos de curto prazo, aliviando as preocupações sobre preços e crescimento no segmento principal da WEG.

  • VALE ON caiu 0,51%, em meio ao desempenho misto dos futuros do minério de ferro na Ásia. O contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian, na China, fechou em baixa de 1,08%, enquanto o vencimento de referência em Cingapura subiu 1,1%. No setor, CSN MINERAÇÃO ON, que divulga balanço após o fechamento, subiu 0,41%, enquanto CSN ON, que também reporta os números no final do dia, cedeu 0,09%. USIMINAS PNA avançou 1,85% e GERDAU PN valorizou-se 1,21%.

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