Finanças

Ibovespa tem alta marginal com Petrobras em dia sem liquidez por feriado nos EUA

O índice de referência do mercado acionário brasileiro subiu 0,15%, a 124.495,68 pontos,
Ibovespa tem alta marginal com Petrobras em dia sem liquidez por feriado nos EUA
Foto: Amanda Perobelli/Reuters

São Paulo – O Ibovespa fechou com um acréscimo tímido nesta segunda-feira (27), marcada por volume reduzido em razão de feriado nos Estados Unidos, com a Petrobras oferecendo um suporte positivo relevante ajudada pela alta dos preços do petróleo no exterior.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,15%, a 124.495,68 pontos, após marcar 124.081,39 pontos na mínima e 124.534,59 pontos na máxima do dia. O giro financeiro somou R$ 10,3 bilhões, de uma média diária de R$ 24 bilhões em 2024. Nos Estados Unidos, as bolsas não funcionaram devido ao feriado do Memorial Day.

A semana no Brasil, por sua vez, começou com nova piora nas projeções para a inflação. Pesquisa Focus mostrou que a estimativa para o IPCA em 2024 é agora de 3,86%, ante previsão de 3,80% há uma semana. Para 2025, passou de 3,74% para 3,75%.

As estimativas para a Selic, a taxa básica de juros, porém, foram mantidas tanto para o final deste ano, quanto para o ano que vem, em 10,00% e 9,00%, respectivamente.

Na terça-feira, o IBGE divulga o IPCA-15 de maio, que segundo economistas do Bradesco deve apresentar alta de 0,49%, em resultado pressionado por preços administrados e de alimentos, mas com composição benigna.

Também estão previstos na agenda local na próxima sessão dados do mercado de trabalho (Caged), preços ao produtor, confiança da indústria e resultado primário do governo central.

De acordo com o superintendente da Necton/BTG Pactual, Marco Tulli, com o mercado norte-americano fechado e nova piora na perspectiva de inflação no Brasil, tendo a divulgação do IPCA-15 na terça-feira, prevaleceu a cautela.

“Tal cenário não anima nem o comprador nem o vendedor. Mercado fica sem tendência e sem liquidez”, afirmou.

Destaques

  • PETROBRAS PN avançou 1,09%, favorecida pela alta dos preços do petróleo no exterior, onde o barril de Brent fechou em alta de 1,2%. PETROBRAS ON subiu 1,02%
  • ITAÚ UNIBANCO PN recuou 0,35%, enquanto BRADESCO PN encerrou com decréscimo de 0,31%, tendo como pano de fundo dados do Banco Central mostrando que as concessões de empréstimos no Brasil recuaram 1,6% em abril ante março. BANCO DO BRASIL ON ganhou 1,22%.
  • VALE ON subiu 0,34%, apesar da fraqueza dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) encerrou as negociações do dia com queda de 1,1%, a 899 iuanes (US$ 124,10) a tonelada.
  • RAÍZEN PN fechou em alta de 2,47%, experimentando nova trégua após tocar uma mínima de fechamento desde abril na última quarta-feira, a R$ 2,81, completando cinco pregões de baixa. Na sexta-feira, a Raízen inaugurou sua segunda planta de produção de etanol de segunda geração.
  • GPA ON avançou 2,65%, também completando três pregões sem fechar em queda, enquanto, no setor, CARREFOUR BRASIL ON subiu 0,78% e ASSAÍ ON registrou uma variação negativa de 0,31%.
  • YDUQS ON perdeu 3,96%, no terceiro dia de queda, após disparar na esteira de previsões do grupo de educação divulgadas na terça-feira da semana passada.
  • AZUL PN caiu 2,32%, tendo de pano de fundo anúncio de um plano de cinco anos pela Gol para sair da recuperação judicial nos EUA e melhorar os resultados, embora isso deva pressionar as margens em 2024 antes de uma recuperação esperada a partir de 2025. GOL PN, que não faz parte do Ibovespa, recuou 3,55%.
Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas