Finanças

Ibovespa fecha em alta e retorna aos 160 mil pontos com política e inflação no radar

Ibovespa subiu 1,46%, na máxima do dia a 160.455,83 pontos
Ibovespa fecha em alta e retorna aos 160 mil pontos com política e inflação no radar
Foto: Reuters Amanda Perobelli

O Ibovespa fechou em alta firme nesta terça-feira (23), retornando ao patamar de 160 mil pontos, com o mercado reagindo ao noticiário político, após o cancelamento de uma entrevista que seria dada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, ao mesmo tempo em que avaliou dados da prévia da inflação, o IPCA-15.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,46%, na máxima do dia a 160.455,83 pontos, após marcar 158.143,85 na mínima. O volume financeiro somou R$ 21,5 bilhões.

Um dos destaques da agenda da semana encurtada por conta do feriado foi a entrevista que o ex-presidente Jair Bolsonaro concederia nesta terça-feira para o portal Metrópoles. Contudo, o evento foi cancelado por Bolsonaro por “questões de saúde”, poucas horas antes do horário marcado, na parte da manhã.

Os comentários de Bolsonaro eram aguardados já que esta seria a primeira fala do ex-presidente depois da condenação e desde que indicou seu filho Flávio, senador pelo PL, como candidato à presidência.

No dia do anúncio da candidatura de Flávio, o Ibovespa desabou mais de 4%, já que a leitura dos agentes era de que o senador teria menos chance de vitória que Tarcísio de Freitas (Republicanos) – candidato favorito pelo mercado.

“A candidatura de Flávio Bolsonaro aumenta as chances de reeleição de Lula. Mas hoje fica nítido que a candidatura de Flavio talvez não esteja tão consolidada, após o cancelamento da entrevista de Jair Bolsonaro ao Metrópoles, o que aumenta o apetite ao risco por aqui”, disse Bruno Perri, economista-chefe, estrategista de investimentos e sócio-fundador da Forum Investimentos.

Ao mesmo tempo, os agentes avaliaram o IPCA-15, divulgado pela manhã, que teve alta de 0,25% em dezembro, depois de subir 0,20% no mês anterior. Com isso, a taxa em 12 meses terminou o ano com avanço acumulado de 4,41%, de 4,50% em novembro, abaixo do teto da meta contínua de 3,0% medida pelo IPCA, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Destaques

– PETROBRAS PN subiu 0,19% e PETROBRAS ON teve oscilação positiva de 0,08%, com a alta do preço do petróleo no exterior.

– VALE ON teve encerrou praticamente estável, em meio ao recuo dos futuros do minério de ferro na China.

– ITAÚ UNIBANCO PN avançou 1,64%, BRADESCO PN subu 0,93%, enquanto BANCO DO BRASIL ON avançou 2,11%; SANTANDER BRASIL UNIT mostrou ganho de 4,41%, após, na véspera, o banco aprovar R$620 milhões em juros sobre capital próprio.

– C&A ON disparou 6,39%, liderando os ganhos do Ibovespa, enquanto LOJAS RENNER ganhou 3,59% e COGNA subiu 5,85%, com o recuo dos juros futuros favorecendo os papéis.

– MAGAZINE LUIZA ON subiu 3,34%, sendo uma das maiores altas do índice, após a companhia anunciar que seu conselho de administração aprovou aumento de capital de R$ 400 milhões com bonificação de ações.

– YDUQS ON teve ganho de 4,85%, após aprovar distribuição de dividendos intercalares no montante de R$ 150 milhões.

– AXIA ENERGIA PNB, anteriormente conhecida como Eletrobras, ganhou 3,48%, após anunciar na noite da véspera que seu conselho de administração aprovou novo programa de recompra envolvendo até 10% do total de ações em circulação de cada classe e espécie da companhia.

– JSL ON, que não faz parte do índice, disparou 16,15%, depois de anunciar, também na segunda-feira, distribuição de R$ 122,7 milhões em juros sobre capital próprio e dividendos no montante de R$ 421 milhões.

– ALPARGATAS PN subiu 4,02%, revertendo as perdas de mais de 2% registradas na segunda-feira, após um comercial da marca Havaianas da companhia gerar polêmica nas redes sociais.

Conteúdo distribuído por Reuters

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