Finanças

Ibovespa fecha em queda com Petrobras; Cogna desaba

O volume financeiro somava R$ 18,1 bilhões antes dos ajustes finais
Ibovespa fecha em queda com Petrobras; Cogna desaba
Foto: Reprodução Adobe Stock

São Paulo – O Ibovespa fechou em queda nesta quinta-feira, descolado de Wall Street, com as ações da Petrobras entre as maiores pressões de baixa, enquanto Cogna desabou quase 12% após reportar prejuízo no quarto trimestre do ano passado.

Investidores também repercutiam decisão do Banco Central, na noite da véspera, de reduzir a Selic a 10,75%, conforme previam economistas, e mudar sua orientação futura, sinalizando mais um corte de 0,50 ponto percentual apenas na próxima reunião.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,8%, a 128.092,84 pontos, de acordo com dados preliminares. Na máxima do dia, chegou a 129.555,91 pontos. Na mínima, a 128.092,84 pontos. O volume financeiro somava R$ 18,1 bilhões antes dos ajustes finais.

Investidores também repercutiram decisão do Banco Central, da véspera, de reduzir a Selic a 10,75%, conforme previam economistas, e mudar sua orientação futura, sinalizando mais um corte de 0,50 ponto percentual apenas na próxima reunião.

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Desde agosto, quando o BC deu início a uma sequência de cortes de 0,5 ponto na Selic, a autarquia afirmava que antevia reduções equivalentes “nas próximas reuniões”, no plural, em se confirmando o cenário esperado. Agora, optou pelo singular.

“O comitê, com razão, optou por encurtar a sua prescrição futura em meio a mais incertezas”, afirmaram economistas do Itaú Unibanco chefiados pelo ex-BC Mario Mesquita, referindo-se ao Comitê de Política Monetária (Copom) do BC.

“Por enquanto, vemos a taxa Selic em 9,25% ao ano até o final de 2024. Mas saberemos mais sobre o racional do Copom com a divulgação da ata da reunião na terça-feira, 26 de março”, acrescentaram em comentário a clientes.

Na contramão, o S&P 500, uma das referências do mercado acionário norte-americano, fechou em alta de 0,32%, ainda embalado pelas sinalizações do Federal Reserve na véspera e desempenho robusto de papéis de tecnologia.

O rendimento de 10 anos do Tesouro dos Estados Unidos marcava 4,2709% no final da tarde, de 4,271% na véspera.

Destaques

  • PETROBRAS PN recuou 2,72%, a R$ 35,70, em dia de fraqueza do petróleo no exterior e ainda fragilizada pelos ruídos desencadeados com a decisão envolvendo dividendos extraordinários. A estatal recebeu as indicações da União e de acionistas minoritários para o conselho de administração.
  • COGNA ON desabou 11,90%, a R$ 2,37, após prejuízo líquido ajustado de R$ 373,6 milhões no quarto trimestre do ano passado, revertendo lucro líquido de R$ 76,15 milhões um ano antes, em desempenho afetado por efeito tributário. No setor, YDUQS ON caiu -2,75%.
  • PETZ ON perdeu 2,61%, a R$ 4,86, em dia de ajustes, após forte valorização desde o mês passado. Mais cedo a companhia disse que o fundador e presidente-executivo da companhia, Sergio Zimerman, aumentou sua participação na rede de varejo de produtos e serviços para animais.
  • LWSA ON subiu 1,85%, a R$ 6,05, em meio à repercussão positiva dos números do quarto trimestre da companhia, que mostrou aumento de 41,5% no resultado operacional medido pelo Ebitda ajustado. A companhia também afirmou que teve um bom “booking”, com “muita loja nova”, em janeiro.
  • ALLOS ON recuou 0,97%, a R$ 24,63, mesmo após aumento de 30,5% no lucro líquido no quarto trimestre do ano passado. A companhia ainda divulgou previsões e revisou a projeção de sinergias com a união entre BrMalls e Aliansce Sonae a R$ 210 milhões anuais até o final do ano de 2028.
  • VALE ON fechou em baixa de 0,24%, a R$ 61,66, revertendo a alta de parte da sessão, quando chegou a R$ 62,63, seguindo os futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian encerrou as negociações do dia com alta de 2,72%.
  • ITAÚ UNIBANCO PN cedeu 1,03%, a R$ 34,44, enquanto BRADESCO PN caiu 1,12%, a R$ 14,14.
  • VIVARA ON despencou 7,88%, a R$ 24,65, após resultado com alta na receita líquida no último trimestre do ano passado, mas piora em margens, enquanto permanecem dúvidas sobre a recente troca no comando. Desde o anúncio da substituição do CEO, no final da última sexta-feira, o papel perdeu quase 20%.

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