Ibovespa tem queda com Petrobras em pressão de baixa

São Paulo – O Ibovespa fechou em queda nesta quinta-feira, com Petrobras entre as maiores pressões de baixa antes do resultado trimestral previsto para o final do dia, com atenção particular em um aguardado anúncio sobre dividendos da petroleira.
A temporada de balanços também esteve sob os holofotes com a repercussão dos números de empresas como CSN, Taesa e Dexco, entre outros, enquanto o calendário do dia ainda reserva os dados de Arezzo, Fleury e Petz.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,43%, a 128.339,76 pontos. Na máxima do dia, chegou a 129.187,69 pontos. Na mínima, foi a 128.032,56 pontos. O volume financeiro somou R$ 19,3 bilhões.
“O mercado continua a dar sinais de que nem tudo está alinhado para subir ou engatar uma direção no movimento”, avaliaram analistas do Itaú BBA.
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Do lado da alta, eles citam que o Ibovespa precisa renovar a máxima da semana anterior (131.700 pontos) para abrir caminho em direção à máxima de dezembro, em 134.400 pontos. Do lado da baixa, os 126.400 pontos são o sinal de alerta.
“O investidor precisará ter paciência e esperar os pontos importantes de suportes ou resistências serem perdidos, ou superados para tomar uma decisão”, afirmaram em relatório enviado a clientes.
No exterior, a pauta destacou decisão do Banco Central Europeu (BCE), que manteve os juros em níveis recordes, mas deu um primeiro passo para reduzi-los, dizendo que a inflação estava diminuindo mais rapidamente do que previsto há alguns meses.

Também ocuparam as atenções dados semanais de auxílio-desemprego dos Estados Unidos, um pouco acima das previsões de economistas, enquanto o chair do Federal Reserve, Jerome Powell, voltou ao Congresso norte-americano nesta quinta-feira.
Em Wall Street, o S&P 500 fechou em alta de 1,03%, tendo no radar dados do mercado de trabalho dos EUA na sexta-feira. O rendimento do título de 10 anos do Tesouro norte-americano marcava 4,0865%, de 4,104% na véspera.
Destaques
- PETROBRAS PN recuou 1,10%, a R$ 40,39, antes da divulgação do balanço do último trimestre do ano passado, com agentes financeiros na expectativa principalmente da decisão da estatal sobre dividendos. No exterior, o petróleo Brent fechou estável, em US$ 82,96 o barril.
- ITAÚ UNIBANCO PN cedeu 1,05%, a R$ 33,79, enquanto BRADESCO PN perdeu 0,43%, a R$ 13,76.
- VALE ON encerrou com declínio de 0,34%, a R$ 66,52, também perdendo o fôlego, após avançar mais de 1% no melhor momento da sessão, endossada pela alta dos futuros do minério de ferro na China. O contrato mais negociado na Dalian Commodity Exchange encerrou o dia em alta de 1,83% após comentários de autoridades daquele país reavivarem as esperanças de mais medidas de estímulos.
- CSN ON caiu 4,80%, a R$ 15,85, mesmo após o grupo reportar Ebitda ajustado de R$ 3,6 bilhões, 16% acima do desempenho de um ano antes, em desempenho acima do esperado por analistas. Em teleconferência, o CFO da companhia disse que a CSN apresentou oferta pelos ativos da produtora de cimento Intercement, mas acrescentou que uma eventual aquisição não muda o objetivo da companhia de reduzir a alavancagem para duas vezes até o final deste ano. Nos primeiros negócios, a ação chegou a R$ 17,24, alta de 3,5%.
- GPA ON perdeu 4,07%, a R$ 3,54, após saltar quase 7% na véspera. O varejista precifica no próximo dia 13 uma oferta de ações que pode chegar a algo em torno de R$ 1 bilhão.
- DEXCO ON perdeu 4,12%, a R$ 7,68, tendo no radar balanço mostrando queda de 62% no lucro líquido recorrente do quarto trimestre do ano passado, para R$ 77,5 milhões. O Ebitda ajustado e recorrente somou R$ 404,5 milhões, avanço de 10,5% ano a ano.
- LOCALIZA ON avançou 3,58%, a R$ 53,17, no segundo dia de recuperação, após uma sequência de cinco pregões de baixa, em que acumulou um declínio de 6,75%. Na véspera, analistas do Itaú BBA reiteraram classificação “outperform” para as ações, destacando que há uma “transformação silenciosa” ocorrendo na companhia, que pode mudar com investidores veem a companhia.
- TIM ON subiu 2,37%, a R$ 18,56, na esteira de previsões divulgadas pela companhia, entre elas estimativa de Ebitda crescendo de 7% a 9% em 2024. A operadora de telefonia também projetou remuneração a acionistas de cerca de R$ 12 bilhões entre 2024 e 2026.
- TAESA UNIT valorizou-se 2,22%, a R$ 35,40, mesmo após a transmissora de energia reportar lucro líquido regulatório de R$ 301,1 milhões para o quarto trimestre do ano passado, queda de 22,2% ante mesmo período de 2022. O Ebitda regulatório totalizou R$ 484,2 milhões, avanço de 4,2% ano a ano.
- CSN MINERAÇÃO ON, que é controlada pela CSN, terminou em alta de 1,34%, a R$ 6,05, em meio à repercussão do balanço do quarto trimestre, com Ebitda ajustado de R$ 2,759 bilhões.
- LOJAS RENNER ON subiu 1,18%, a R$ 16,24, tendo como pano de fundo resultado da Guararapes, dona da Riachuelo, mostrando alta de 124,7% no lucro líquido no quarto trimestre, com melhora em margens e crescimento de receita e vendas mesmas lojas. GUARARAPES ON, que não faz parte do Ibovespa, saltou 11,54%.
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