Ibovespa renova recorde e fecha acima dos 150 mil pontos pela 1ª vez
                            O Ibovespa fechou em alta nesta segunda-feira (3), em mais uma sessão de quebra de recordes, com o índice encerrando o dia acima dos 150 mil pontos pela primeira vez.
A leitura positiva da temporada de balanços, tanto no exterior quanto no plano doméstico, impulsionou os ganhos da bolsa, que também tiveram sustentação com a alta das ações da Petrobras – que publica resultados nesta semana.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa encerrou em alta de 0,61%, a 150.454,24 pontos, sendo este o nono pregão seguido de alta.
Na máxima do dia, o Ibovespa alcançou 150.761,29 pontos. Na mínima, registrou 149.550,84. O volume financeiro no pregão desta segunda-feira somou R$ 21,3 bilhões. A temporada de balanços vem favorecendo a bolsa brasileira, diante do “forte desempenho de diversas companhias”, destacou Nicolas Gass, head de alocação de investimentos e sócio da GT Capital. “As empresas estão batendo recortes de receita, principalmente as que compõem o índice do Ibovespa”, disse.
Após o fechamento dos negócios desta segunda, BBSeguridade e TIM publicam seus resultados do terceiro trimestre.
O destaque da semana, contudo, fica com a Petrobras, que divulga seus dados na quinta-feira (6). A agenda dos próximos dias também inclui Embraer, que divulga seus resultados nesta terça-feira, mesmo dia que o Itaú Unibanco, além de varejistas como Lojas Renner e Magazine Luiza, ambas com divulgação programada para quinta-feira.
A dinâmica externa também dá fôlego ao índice. “A leitura predominante no mercado segue positiva, sustentada pelo início do ciclo de cortes de juros nos Estados Unidos, ‘valuations’ descontados na bolsa brasileira e fluxo estrangeiro robusto”, disse Eduardo Rahal, analista chefe da Levante Inside Corp.
Na leitura do analista, ainda há espaço para novos recordes. “O Ibovespa negocia a aproximadamente 8,6 vezes o lucro projetado para os próximos 12 meses, abaixo de pares latino-americanos, indicando espaço para continuidade do movimento caso o ambiente global permaneça favorável”, destacou.
O Banco Central também esteve no radar dos agentes. Pela manhã, o diretor de Fiscalização do BC, Ailton de Aquino, disse que as novas regras estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional para funcionamento de instituições financeiras devem impactar cerca de 500 entidades, que deverão ter o capital exigido elevado para R$ 9 bilhões.
O foco, porém, é a decisão de juros do Copom, que será divulgada quarta-feira. O mercado precifica quase 100% de probabilidade de manutenção da Selic em 15% ao ano, mas estará atento às indicações do BC para os encontros seguintes, em dezembro e janeiro.
Destaques
– PETROBRAS PN avançou 1,18%, enquanto PETROBRAS ON subiu 0,89%. A companhia anunciou, nesta segunda-feira, que seu conselho de administração aprovou um novo Programa de Desligamento Voluntário (PDV), com um público-alvo potencial de aproximadamente 1.100 empregados.
– ITAÚ UNIBANCO PN subiu 1,66%, com os investidores aguardando a publicação dos resultados do banco, que saem na terça-feira. O SANTANDER BRASIL UNIT valorizou 1,22%, BRADESCO PN ganhou 1,11%, BANCO DO BRASIL ON mostrou elevação de 0,82% e o BTG PACTUAL UNIT caiu 0,66%.
– MINERVA subiu 2,79%, liderando os ganhos, diante da expectativa pelos resultados da companhia, que serão divulgados na quarta-feira, após o fechamento do mercado.
-EQUATORIAL subiu 2,59%, tendo liderado os ganhos em alguns momentos do pregão. Na sexta-feira, a companhia divulgou que seu conselho aprovou a distribuição de JCP no montante de R$ 1 bilhão.
– MARCOPOLO PN estendeu as perdas da sexta-feira, despencando 8,11% e liderando as perdas do Ibovespa. O movimento ainda reflete a frustração do mercado com os resultados da companhia. Na semana passada, em seu balanço, a empresa mostrou queda de 10% no Ebitda ano a ano. Na sexta-feira, a Blackrock reduziu sua participação na empresa, passando a deter 4,981% das ações preferenciais da companhia.
– VALE ON fechou com leve alta de 0,14%, em meio às perdas de mais de 1% dos futuros do minério de ferro, pressionados pelo declínio da produção de aço na China.
Conteúdo distribuído por Reuters
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