Ibovespa avança 1% puxado por Vale e Itaú; Azul dispara

São Paulo – O Ibovespa avançou 1% nesta segunda-feira (28), em desempenho puxado pelas blue chips Vale e Itaú Unibanco, enquanto Azul disparou na esteira de acordo com credores para financiamento adicional.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa fechou em alta de 1,02%, a 131.212,58 pontos, tendo marcado 129.893,71 pontos na mínima e 131.420,56 pontos na máxima da sessão.
O volume financeiro no pregão somou R$ 16,34 bilhões, bem abaixo da média diária do ano de R$ 23,49 bilhões.
Apesar do desfecho positivo na B3, investidores do mercado brasileiro continuam aguardando com certo ceticismo possíveis anúncios do governo sobre medidas fiscais, que foram prometidos para após o segundo turno das eleições municipais.
O conteúdo continua após o "Você pode gostar".
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está reunido nesta tarde com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no Palácio do Alvorada. E há especulações de que o tema sendo tratado seja relacionado às medidas fiscais.
A temporada dos balanços do terceiro trimestre de empresas brasileiras também ganha mais fôlego nesta semana, com os resultados de WEG, Ambev, Bradesco, CCR, entre outros.
No exterior, a disputa presidencial nos Estados Unidos permanece no centro das atenções, mas dados do mercado de trabalho também estarão em foco, assim como os balanços de Alphabet, Apple e Microsoft.
Wall Street fechou no azul nesta sessão, com o S&P 500, uma das referências do mercado acionário norte-americano, subindo 0,27%.
Destaques
- AZUL PN saltou 13,99% após chegar a um acordo com detentores de títulos de dívida para obter financiamento adicional. A companhia aérea receberá US$ 150 milhões esta semana e outros US$ 250 milhões até o final do ano. O acordo pode incluir outros US$ 100 milhões em financiamento e uma possível troca de dívida por ações no valor de até US$ 800 milhões, se a empresa melhorar ainda mais seu fluxo de caixa e reduzir seus custos em cerca de US$ 100 milhões por ano.
- VALE ON subiu 1,86%, favorecida pelo avanço do minério de ferro no exterior, com o contrato futuro mais negociado em Dalian, na China, encerrando em alta de 2,35%, a 783,5 iuanes (US$ 109,92) a tonelada. A mineradora também anunciou nesta segunda-feira parceria com a chinesa Jinnan Steel para construção de usina em Omã. Na última sexta-feira, após o fechamento do mercado, informara a aprovação pelo conselho de administração de Marcelo Bacci como novo diretor financeiro.
- PETROBRAS PN caiu 0,17% antes da divulgação de dados de produção e vendas do terceiro trimestre no final do dia, tendo como pano de fundo o tombo do petróleo no mercado externo, onde o barril de Brent recuou 6,09%. Na sexta-feira, após o fechamento, a estatal divulgou que seu conselho de administração aprovou a retomada das obras de construção da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN-III), em Três Lagoas (MS), com investimentos previstos de R$ 3,5 bilhões.
- ITAÚ UNIBANCO PN avançou 1,22%, recuperando-se após um fechamento mais negativo na sexta-feira, assim como outros papéis do setor, como BRADESCO PN, que ganhou 1,81%. SANTANDER BRASIL UNIT valorizou-se 1,09% na véspera da divulgação do balanço do terceiro trimestre, previsto para a terça-feira, antes da abertura do mercado. Projeções compiladas pela LSEG apontam lucro líquido de 3,5 bilhões de reais. BANCO DO BRASIL ON cedeu 0,19%.
- IRB(RE) ON fechou em alta de 6,8%, buscando apoio no viés mais positivo do pregão para se recuperar após duas quedas seguidas, período em que perdeu mais de 13%.
- JBS ON subiu 4,19%, em meio a relatórios com expectativas positivas para o resultado do terceiro trimestre, no dia 13 de novembro. O Goldman Sachs destacou que se trata da empresa com melhor “momentum” de resultados da sua cobertura, reiterou compra para os papéis e elevou o preço-alvo de R$ 40,3 para R$ 42,9 – um upside de quase 25% ante sexta-feira. O Bradesco BBI – que tem “outperform” e preço-alvo de R$ 46 para as ações – também disse que espera resultados fortes.
- HYPERA ON desabou 8,7%, ampliando o ajuste negativo da sexta-feira, após uma semana volátil, marcada pela repercussão de medidas que a companhia anunciou buscando otimizar seu capital e giro, bem como proposta – e recusa – para combinar seus negócios com a EMS. (Reportagem distribuída pela Reuters)
Ouça a rádio de Minas