Incertezas geradas por Trump impulsionam ouro

São Paulo – O ouro fechou nesta terça-feira (14) em alta e retomou o ímpeto, impulsionado pela queda do dólar e com expectativas para o segundo governo do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que retorna à Casa Branca no próximo dia 20. O ouro para fevereiro fechou em elevação de 0,13%, cotado a US$ 2.682,30 por onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).
As negociações do metal dourado foram estimuladas pela fraqueza da moeda norte-americana e pelo foco dos investidores com os dados de inflação.
Segundo o Banco de Montreal (BMO), os holofotes estão mudando para o perfil da inflação em dezembro, o que coopera para o rali do ouro, visto como uma proteção contra a inflação.
Em relatório, o UBS, empresa global que presta serviços financeiros a pessoas físicas, empresas e instituições, avalia que os preços do ouro devem se manter em alta neste ano e podem chegar até US$ 2.850,00 por onça-troy, considerando as incertezas comerciais e geopolíticas persistentes, especialmente com o retorno do republicano para a presidência americana.
O banco suíço destaca que o governo “imprevisível” de Trump deve tornar o metal dourado ainda mais atraente. “Essas incertezas apontam para mais um ano de fortes compras de ouro”, explica.
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O UBS também menciona um possível aumento da demanda pelo ativo de segurança, considerando compras “ainda elevadas” por bancos centrais.
Segundo o TD Securities, o ouro se mantém em alta por seus “motivos tradicionais”. Nesta terça, o The Wall Street Journal noticiou que Israel e Hamas estão perto de finalizar um cessar-fogo na Faixa de Gaza.
Porém, fontes ressaltam que as negociações podem fracassar, como já aconteceu antes, que mantém no radar a persistência das tensões geopolíticas no Oriente Médio e sustenta os preços do metal.
Reportagem distribuída pela Estadão Conteúdo
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