Índice da B3 vai permitir ranking por agenda ESG

São Paulo – Pioneiro na América Latina, o Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3 (ISE B3) passou por uma revisão em sua metodologia que o tornará mais simples e transparente para os investidores, permitindo a elaboração de rankings com as empresas de capital aberto mais avançadas na agenda ESG (sigla em inglês para Ambiental, Social e Governança). Desenvolvido em 2005, o ISE B3 convidou para participar de seu processo de seleção as 200 ações mais líquidas da bolsa do Brasil.
A nova metodologia inclui a divulgação da nota geral de todas as empresas que participarem do processo de seleção (inclusive as não selecionadas para a carteira), além da pontuação obtida em cada um dos 28 temas que integram as dimensões meio ambiente, governança corporativa e alta gestão, capital humano, capital social e modelo de negócios e inovação.
As informações serão disponibilizadas ao público em geral no site www.iseb3.com.br a partir de janeiro de 2022, quando a nova metodologia entra em vigor. A divulgação dos dados permitirá, por exemplo, que investidores direcionem, com maior clareza, seus recursos para empresas com as maiores pontuações no tema ESG segundo o ISE B3. Atualmente, a metodologia do índice não prevê a divulgação das notas individuais nem por temas, não possibilitando a comparação entre diferentes setores e empresas no País.
“O ISE B3 é um indicador importante para os investidores que estão ávidos por ativos sustentáveis, mas também tem o papel de estimular as empresas a avançarem em suas práticas ESG”, afirma a diretora-executiva de Pessoas, Marketing, Comunicação e Sustentabilidade da B3, Ana Buchaim.
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De acordo com a executiva da bolsa do Brasil, a reformulação do índice, a mais importante em 16 anos de existência do ISE B3, reforça a transparência do processo e permite que, de fato, as empresas mais evoluídas na agenda ESG tenham destaque na carteira. “Faz parte do nosso compromisso com a evolução da pauta de sustentabilidade entregar um indicador que esteja à altura da sofisticação que o mercado vem ganhando nessa área”, completa Ana.
A B3 também trouxe parceiros com metodologias internacionalmente reconhecidas para avaliar o risco de imagem e os temas de mudança do clima, permitindo ainda maior robustez nessas avaliações. A nota sobre mudança do clima, por exemplo, passa a ser feita com base no CDP (Carbon Disclosure Project), organização internacional criada por investidores que solicita informações de mudanças do clima para as maiores empresas do mundo. A nota obtida pela companhia no CDP precisa estar igual ou acima da pontuação C para que ela possa fazer parte do índice da B3. O mesmo ocorre com o risco reputacional das empresas, que passa a ser avaliado pela RepRisk, com índice (RRI) sempre menor ou igual a 50 nos dos anos anteriores à divulgação do índice.
De acordo com Rebeca Lima, diretora-executiva do CDP Latin America, “há 20 anos o CDP ajuda a colocar a mudança climática no centro da tomada de decisões. Hoje, são mais de 10 mil organizações que reportam os dados relacionados às suas ambições climáticas na nossa plataforma. Nesse sentido, o CDP se une ao ISE B3 para integrar o reporte, buscando facilitar para as empresas que divulgam seus dados a essas duas iniciativas. Essa parceria entre CDP e ISE B3 vai além da integração de dados e informação, mas amplifica o impacto dos esforços das duas organizações na promoção da transparência corporativa e do reporte climático”.
Sete em 10 pretendem comprar ativos digitais
Londres – Sete em cada dez investidores institucionais esperam investir ou comprar ativos digitais no futuro, embora a volatilidade dos preços seja a principal barreira para novos participantes, revelou um estudo da área de negócios de criptomoedas da Fidelity.
Mais da metade dos 1.100 investidores institucionais pesquisados globalmente pela Coalition Greenwich a pedido da Fidelity Digital Assets entre dezembro e abril disseram ter investimentos digitais.
Cerca de 90% dos interessados em investir no futuro disseram esperar que os portfólios de sua empresa ou de seus clientes incluam investimentos em criptomoedas nos próximos cinco anos, concluiu a pesquisa.
Entre os consultados estão investidores de alto patrimônio líquido, family offices, hedge funds digitais e tradicionais, consultores financeiros e fundos patrimoniais.
Lançado em 2018, o Fidelity Digital Assets é o negócio de criptomoeda da Fidelity Investments, com sede em Boston, e oferece custódia a investidores institucionais e serviços de execução de ativos como bitcoin.
A empresa foi uma das primeiras provedoras convencionais de serviços financeiros a adotar criptomoedas, que atraem cada vez mais instituições financeiras já estabelecidas.
A TP Icap, maior corretora interdealer do mundo, informou no fim do mês passado que estava lançando uma plataforma de negociação de criptomoedas com a unidade de custódia de ativos digitais da Fidelity e do Standard Chartered.
As empresas pesquisadas citaram a volatilidade dos preços como o maior obstáculo para novos investidores, seguida pela falta de fundamentos necessários para avaliar o valor e pelas preocupações em torno da manipulação do mercado.
Em uma pesquisa realizada no mês passado, o JPMorgan Chase & Co revelou que apenas 10% das firmas de investimento institucional negociam criptomoedas, com quase metade rotulando a emergente classe de ativos como “veneno de rato” ou prevendo que seria uma moda passageira. (Reuters)
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