Apesar do otimismo, inflação ainda preocupa brasileiros, diz Febraban

O brasileiro começou 2024 otimista com relação ao País, mas ainda preocupado com a inflação e a alta dos preços. É o que indica a primeira edição do ano do “Radar Febraban”, realizado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
Segundo o levantamento, 67% dos brasileiros acreditam que os valores dos produtos aumentaram nos últimos meses. O número dos que observam diminuição dos preços recuou foi de 11% fevereiro, enquanto os que veem estabilidade foi de 21% no mesmo período.
Os dados mostram a percepção das pessoas quanto o impacto dos produtos alimentícios no Índice de preços ao consumidor (IPCA), que mesmo com a desaceleração da inflação ficou acima da mediana das projeções do mercado financeiro em janeiro. Soma-se a isso o impacto das contas típicas do início do ano, como material escolar, IPTU e IPVA, etc.
“Passado o período de festas de fim de ano quando, via de regra, o humor e as expectativas da opinião pública melhoram, os resultados desta edição de fevereiro refletem, em certa medida, as preocupações dos brasileiros com a inflação, sob impacto das contas de começo de ano, como material escolar, IPTU e IPVA, no orçamento doméstico”, reiterou o sociólogo e cientista político Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do Instituto de Pesquisas Sociais, Politicas e Econômicas (Ipespe).
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A pesquisa também mostrou que para 48% dos entrevistados, o Brasil está melhor na comparação com o ano anterior, número que vem se mantendo desde setembro de 2023. Além disso, mais da metade dos brasileiros (57%) acredita que o Brasil vai melhorar em 2024. Porém, com relação à vida pessoal, para 75% dos brasileiros, a vida estará melhor num horizonte de 12 meses – maior percentual da série histórica.
Detalhes do Radar Febraban, incluindo a inflação
As projeções da população sobre os indicadores acompanhados pelo Radar Febraban evidenciam receio em relação à economia nos próximos seis meses, sobretudo no que se refere ao custo de vida, poder de compra e acesso ao crédito.
- Impostos – 57% acreditam que haverá aumento
- Taxa de juros – 48% acreditam que vai aumentar
- Inflação e custo de vida – 55% apostam em aumento
- Acesso ao crédito – 39% acha que o acesso ao crédito vai aumentar – 21% acham que vai diminuir
- Poder de compra – 35% é o contingente que acredita que haverá aumento – 38% apostam em queda
- Desemprego – 34% é o percentual que acredita que o desemprego vai aumentar – 31% opinaram que ficará estável e 32% é o montante que acha que vai diminuir
- Salários – pela primeira vez, 51% creem que esse item não sofrerá alterações – 34% falam em aumento e 13% apostam que haverá diminuição
- Bolsa Família – também pela primeira vez, 55% acreditam que o Bolsa Família não sofrerá alterações
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