Finanças

Inter estima estabilização na inadimplência

Na avaliação do presidente da instituição financeira, João Vítor Menin, o pior em termos de atraso já passou
Inter estima estabilização na inadimplência
Menin afirmou que a instituição vem atuando de forma mais conservadora no segmento de cartão de crédito e tem trabalhado a cobrança | Crédito: REUTERS/Nacho Doce

São Paulo – A maior parte da deterioração da qualidade da carteira de crédito do Inter já aconteceu e a tendência nos próximos trimestres é de estabilização do índice de atrasos, disse ontem o presidente-executivo da instituição financeira, João Vítor Menin.

“O pior em termos de atrasos já passou”, disse Menin. O Inter anunciou na noite de segunda-feira (15) que o índice de inadimplência acima de 90 dias foi de 3,9% no segundo trimestre, ante 3,5% no fim de março e 3% em dezembro de 2021.

Em relatório, analistas do Citi afirmaram acreditar que o forte crescimento da carteira de cartões de crédito deve continuar levando a uma maior inadimplência e, consequentemente, maior custo de risco, postergando uma potencial melhora na rentabilidade do banco.

E o UBS BB disse que o Inter entregou um resultado com lucro modesto e tendências operacionais divergentes, com expansão decente da receita, mas deterioração da qualidade dos ativos.

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“Em cartão de crédito temos sido mais conservadores e trabalhado mais a cobrança”, acrescentou o executivo.

Segundo Menin, embora a combinação de juros e inflação altos no Brasil sigam “ainda pesando na capacidade de consumo, com as pessoas gastando mais com serviços, a tendência é positiva para o crescimento das vendas no portal de comércio eletrônico da companhia no segundo semestre, o que deve contribuir para sustentar os níveis de rentabilidade da empresa.

Balanço

O Inter divulgou lucro líquido de R$ 16 milhões para o segundo trimestre, ante prejuízo de R$ 30 milhões obtidos no mesmo período do ano passado.

O resultado veio após a companhia ter elevado a receita líquida de serviços em 91% no período, para R$ 316 milhões.

A empresa, que tem uma plataforma de serviços financeiros atrelada a um marketplace, apurou expansão de quase 28% nas vendas brutas pelo conceito GMV, que atingiu R$ 990 milhões no segundo trimestre.

O número de clientes ativos subiu 51,7%, para 10,7 milhões, enquanto o custo de servir cada um deles recuou 4,5%, para R$ 14. Mas o custo de aquisição de cliente subiu quase 18%, para R$ 32.

A rentabilidade sobre o patrimônio encerrou o trimestre positiva em 0,8% ante 2% negativos um ano antes.

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