Finanças

Investimentos diretos no País ficam acima da expectativa

Em novembro deste ano foram US$ 9,820 bilhões, superior aos US$ 5,664 bilhões computados em igual mês de 2024, conforme dados do Banco Central
Investimentos diretos no País ficam acima da expectativa
No ano até novembro, o investimento direto atingiu US$ 84,164 bilhões, um aumento de 14% em relação ao mesmo período de 2024 | Foto: Ilustração / Reuters / Dado Ruvic

São Paulo/Brasília – O Brasil registrou em novembro o ingresso de investimentos diretos bem acima do esperado, com o resultado acumulado no ano já superando a projeção do Banco Central (BC) para o ano cheio, de acordo com dados divulgados na sexta-feira (19).

No penúltimo mês de 2025, os investimentos diretos no País alcançaram US$ 9,820 bilhões, bem acima dos US$ 6,5 bilhões desenvolvidos em pesquisa da Reuters. O resultado também foi superior ao verificado em novembro de 2024: US$ 5,664 bilhões.

Com isso, o investimento direto atingiu US$ 84,164 bilhões no ano até novembro, um aumento de 14% em relação ao mesmo período do ano passado e já superando a projeção do BC para todo o ano, de US$ 75 bilhões, que foi revisado na quinta-feira (18).

O Banco Central informou que sua nova previsão é consistente com entradas de investimento direto equivalentes a 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB), próxima à média observada desde 2021 e planejada abaixo dos 3,7% da década anterior à pandemia.

Nos 12 meses até novembro, no entanto, o investimento direto totalizou 3,76% do PIB, mais do que suficiente para cobrir um déficit em conta corrente de 3,47% do PIB.

Em novembro deste ano, o déficit em transações correntes foi de US$ 4,943 bilhões, resultado que veio em linha com a expectativa na pesquisa da Reuters, que apontou para um saldo negativo de US$ 4,95 bilhões em novembro. No mesmo período do ano anterior houve déficit de US$ 4,418 bilhões
No mês, a conta de renda primária apresentou déficit de US$ 6,169 bilhões, antes rombo de US$ 5,796 bilhões no mesmo período do exercício anterior.

No penúltimo mês de 2025, a balança comercial brasileira superou US$ 5,119 bilhões, contra US$ 6,043 bilhões no mesmo mês de 2024.

Já o rombo na conta de serviços ficou em US$ 4,454 bilhões, contra déficit de US$ 5,051 bilhões em novembro do ano anterior.

Expectativa 2025

O Banco Central piorou sua estimativa para o resultado das transações correntes neste ano, passando a ver um saldo negativo de US$76 bilhões, ante rombo de US$70 bilhões projetado em setembro.
Em seu Relatório de Política Monetária, o BC elevou de US$ 70 bilhões para US$ 75 bilhões a perspectiva para os Investimentos Diretos no País (IDP) em 2025.

Nas contas do BC, a balança comercial terá superávit de US$ 52 bilhões neste ano, ante estimativa de US$ 54 bilhões feita em setembro. A despesa líquida com viagens, por sua vez, foi estimada em US$ 14 bilhões, mesma projeção feita em setembro.

Para 2026, a autarquia prevê um déficit de US$ 60 bilhões nas transações correntes (US$ 58 bilhões antes), com US$ 70 bilhões em IDP (US$ 70 bilhões antes) e superávit de US$ 64 bilhões na balança comercial (US$ 61 bilhões antes). A despesa líquida com viagens no próximo ano foi estimada em US$ 13 bilhões (US$13 bilhões antes).

Reportagem distribuída pela Reuters

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