IPCA registra elevação de 0,31% em junho na RMBH

A inflação, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), apresentou nova alta em junho. De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no período, foi verificado aumento de 0,31%, o maior registrado entre as 16 áreas pesquisadas. Apesar da alta, a variação foi menor que a registrada em maio, quando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) cresceu 0,48%. No sexto mês do ano, a maior contribuição para o aumento do custo de vida na Capital veio da energia elétrica, que ficou 13,66% mais cara.
Com o resultado mensal, a inflação em Belo Horizonte registrou alta de 3,16% no primeiro semestre. No acumulado dos últimos 12 meses, a variação positiva no custo de vida foi de 2,54%.
Em relação a junho, o aumento da inflação em Belo Horizonte ficou bem acima do resultado nacional, que encerrou o mês com queda de 0,08%. O resultado nacional caiu 0,31 ponto percentual (p.p.) se comparado com a inflação de maio, que havia crescido 0,23%. Essa é a menor variação para o mês de junho desde 2017, quando o índice no Brasil registrou deflação de 0,23%.
“Na RMBH tivemos um reajuste na conta de luz, uma situação bem regionalizada que destoou do resultado nacional. A energia elétrica foi reajustada em 28 de maio, e, ao longo de junho, a alta foi de 13,66%, provocando o maior impacto para o índice em Belo Horizonte. Somente a energia elétrica contribuiu com 0,47 ponto percentual na composição do IPCA de junho. Retirando a energia, teríamos uma queda efetiva de 0,16% no IPCA da RMBH”, explicou o coordenador da pesquisa em Minas Gerais, Venâncio da Mata.
Ainda segundo Mata, também apresentaram altas expressivas, ao longo de junho, as passagens aéreas, que aumentaram 5,67%, o conserto de automóveis, 3,18%, e a batata-inglesa, 12,20%.
No ano, o IPCA de Belo Horizonte também segue acima do nacional. Enquanto a inflação acumulada na Capital foi de 3,16%, no Brasil o índice cresceu 2,87% ao longo do primeiro semestre.
Já nos últimos 12 meses, o IPCA de Belo Horizonte ficou menor que o nacional, com variação positiva de 2,54%, frente ao aumento de 3,16% no País. O resultado da RMBH foi o sétimo menor entre as áreas de abrangência da pesquisa.
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De acordo com os dados do IBGE, a variação positiva de 0,31% registrada na inflação de Belo Horizonte, foi influenciada principalmente pelo grupo de Habitação, que encerrou o mês com aumento de 3,49%.
Entre os componentes do grupo de Habitação, a maior alta foi em energia elétrica residencial, que subiu 13,66% no período, resultado do reajuste de tarifa.
Ainda no grupo, foram destaques o aumento do condomínio (2,84%) e a queda do gás de botijão (4,98%).
No sexto mês do ano, outros grupos que apresentaram elevação foram os de Vestuário, com aumento de 0,40%, Despesas pessoais, 0,76%, Saúde e cuidados pessoais, 0,10%, Educação, 0,04%, e Comunicação, 0,13%.
Custo da alimentação e combustíveis em queda
No sentido contrário, o grupo de Alimentação e bebidas registrou queda de 0,92%. Itens importantes tiveram queda no período, como hortaliças e verduras, 5,75%, frutas, 4,51%, carnes, 3,4%, óleo de soja, com queda de 8,86%, feijão-carioca, com redução de 7,82%, e leite longa vida, que caiu 4,38%.
Queda também na inflação dos grupos de Artigos de residência (0,42%) e Transportes (0,26%). Em transporte, a queda foi influenciada pela redução vista nos combustíveis de veículos, 2,02%. No etanol a redução foi de 7,03%, seguido pelo óleo diesel (6,76%) e gasolina (1,06%). Também tiveram retração o automóvel novo (2,5%) e o automóvel usado (1,51%).
“A queda nos preços dos automóveis foi um reflexo do programa do governo federal, que garantiu o desconto para compra de carros novos”.
Ainda em transporte, foi verificada alta nas passagens aéreas (5,67%), no conserto de automóvel (3,18%) e no emplacamento e licença (2,97%).
“Para julho, a inflação será impactada para baixo, pela queda de passagens do ônibus urbano. Mas, também pode ser impactada para cima devido ao fim dos descontos para a compra de carros novos e a volta da cobrança integral dos impostos federais sobre os combustíveis”, explicou o coordenador do IBGE.
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