IPOs devem ser retomados no País em 2023

Após um ano fraco no mercado de capitais, 2023 deve ser marcado pela retomada das ofertas públicas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês) e maior participação de investidores estrangeiros. Diante da tendência de um mercado mais favorável, empresas que pretendem abrir capital precisam se preparar para aproveitar as oportunidades. Com o objetivo de auxiliar no processo e ajudar as empresas a tomarem decisões mais assertivas, a PwC Brasil criou uma nova versão do manual “Abertura de capital no Brasil – Boas práticas para o processo de IPO e o dia a dia de uma companhia de capital aberto”.
De acordo com o sócio da PwC Brasil em Minas Gerais, Fábio Abreu, 2022 foi um ano de baixo movimento no mercado de capitais, mas as estimativas são positivas para 2023.
“O ano de 2022 foi de baixa movimentação, principalmente pelo contexto das eleições e do cenário internacional. Isso fez com que as empresas retivessem os projetos, que ficaram na gaveta à espera de um cenário melhor. Agora, para 2023, estamos percebendo um cenário mais favorável. Há expectativa da volta de investidores internacionais”.
Abreu ressalta que recorrer ao mercado de ações exige uma preparação substancial das empresas. Por isso, desenvolver um plano adequado é fundamental para uma transição bem-sucedida e para reduzir os riscos após a oferta pública inicial.
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“Para auxiliar as empresas, lançamos o guia. Esta versão é uma publicação renovada, trazendo uma visão mais atual do processo. Nosso objetivo é dar visão mais abrangente, mais completa para empresário e para o administrador de empresa que tem a perspectiva de acessar o mercado de capitais. Através do guia, ele vai ter uma dimensão completa do processo de IPO”.
No guia são abordados os motivos para se realizar um IPO do ponto de vista para acessar recursos, as alternativas que existem para empresas no que se refere à captação de financeira e também aborda a vida antes e após a oferta de ações, trazendo os fatores favoráveis ou não para a abertura.
“O guia mostra o que é preciso fazer. O processo de abertura normalmente é muito focado nas demonstrações financeiras e não é dada atenção a outros aspectos importantes, como a governança, o ESG, a estrutura de controles internos e de tecnologia para apresentar informações de maneira abrangente e transparente para o mercado”, explicou.
Preparação para o processo
Ainda segundo Abreu, além do guia, a PWC auxilia no processo, fazendo um diagnóstico para que a empresa entenda toda a dimensão em que precisa atuar na trajetória para o IPO, poder executar as ações e se preparar com o devido tempo para o dia em que a operação for lançada.
“O processo de IPO exige preparação. Muitas empresas, quando tomam a decisão, ainda precisam de um período de um ano ou um ano e meio para começar o processo. Existe mais um tempo para a operação, que pode variar de seis meses a pouco mais que isso. Ainda tem a vida após o IPO, onde é necessário estabelecer relações com os investidores e com os reguladores. A empresa precisa estar preparada para fazer os arquivos rotineiros, mas também, para a atividade regulatória de uma empresa que está no mercado de capitais”.
Para o próximo ano, Abreu explica que não há um segmento específico, mas existem bons cases e setores com atrativos para a realização dos IPOs, como energia, óleo e gás e varejo.
“Estes são os setores que devem ficar bastante aquecidos, mas não se restringe somente a eles”.
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