Lucro da Caixa tem queda de 3,8% no 1º trimestre

Brasília – A Caixa obteve lucro líquido gerencial de R$ 3 bilhões no primeiro trimestre de 2022, uma queda de 3,8% na comparação com igual período do ano passado, segundo balanço divulgado ontem.
Segundo o banco, a queda foi influenciada pelo provisionamento de 100% das operações realizadas nas linhas de crédito vinculadas ao Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) e ao Fundo Garantidor de Investimentos (FGI).
A carteira de crédito do banco cresceu 11,2% no período, para R$ 889 bilhões. Já a inadimplência da carteira de crédito fechou março em 2,33%, contra 1,95% ao final do ano passado.
A concessão de crédito imobiliário pelo banco público totalizou R$ 34,4 bilhões de janeiro a março, aumento de 17,8% na comparação com o primeiro trimestre de 2021.
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Com o desempenho, o saldo da carteira de crédito imobiliário da Caixa alcançou R$ 570,5 bilhões, crescimento de 10,1% em bases anuais.
No agronegócio, o banco apresentou um crescimento de 204,6%, para R$ 6,7 bilhões.
Do total de recursos contratados no trimestre, o crédito para o agronegócio destinado à pessoa física foi de R$ 3,6 bilhões e para pessoa jurídica totalizou R$ 3,1 bilhões, crescimentos de 233,2% e 177,5%, respectivamente.
A receita de prestação de serviços chegou a R$ 6 bilhões nos três primeiros meses do ano, aumento de 5,8% em comparação com o mesmo período do ano anterior, com destaque para o aumento de 97,5% em receitas com produtos de seguridade, 16,1% com fundos de investimento e 33,7% em loterias.
Já a margem financeira (diferença entre os juros cobrados e os juros pagos aos clientes) reduziu-se em 3,3%, para R$ 10,7 bilhões, “valor decorrente de bons desempenhos no resultado com operações de títulos e valores mobiliários e nas receitas com operações de crédito, principalmente”, diz a Caixa, em nota.
O Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE), indicador que mede a rentabilidade das instituições financeiras, foi de 11,02% ao final de março, aumento de 0,7 ponto percentual ante março de 2021.
BNDES
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou ontem que teve lucro líquido recorde de R$ 12,9 bilhões no primeiro trimestre, alta de 32% ante igual período de 2021.
Segundo o banco de fomento, o resultado foi influenciado por receita com dividendos da Petrobras, vendas de ações e reclassificação de investimento na JBS.
Em fevereiro, o BNDES vendeu mais de 50 milhões de ações da JBS em operação de cerca de R$ 1,9 bilhão.
De janeiro a março, os desembolsos do BNDES somaram R$ 14,8 bilhões, alta de 31% no comparativo anual. O índice de inadimplência da carteira acima de 90 dias ficou em 0,21%.
“Mais importante que lucros e desembolsos é a qualidade do resultado”, disse o presidente do BNDES, Gustavo Montezano, em nota.
BB
O Banco do Brasil (BB) teve lucro líquido ajustado recorde de R$ 6,6 bilhões no primeiro trimestre de 2022, um crescimento anual de 34,4% e 11,5% maior que o do quarto trimestre de 2021. O balanço foi divulgado na quarta-feira (11).
De acordo com o BB, o resultado do período é explicado pelo crescimento do crédito, com performance positiva em todos os segmentos, pelo crescimento da margem financeira bruta e pelo bom desempenho das receitas de prestação de serviços.
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