Lucro líquido do Santander Brasil avança 9,4% e atinge R$ 3,7 bilhões

São Paulo – O Banco Santander Brasil reportou ontem crescimento de 9,4% no lucro líquido recorrente do quarto trimestre de 2019 em relação ao mesmo período do ano anterior, apoiado principalmente nos empréstimos e tarifas.
O lucro líquido recorrente, que exclui itens extraordinários, somou R$ 3,726 bilhões, praticamente em linha com os R$ 3,859 bilhões estimados por analistas, de acordo com dados Refinitiv.
O banco afirmou que teve um ganho extraordinário de R$ 2,7 bilhões no último trimestre de 2019 com créditos tributários, embora também tenha elevado as provisões para perdas com empréstimos.
A estratégia do banco de aumentar sua base de clientes e crédito pessoal garantiu ao Santander Brasil um retorno sobre o patrimônio (ROE, na sigla em inglês) de 21,3%, alta de 0,2 ponto percentual em relação ao terceiro trimestre.
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A carteira de crédito do banco cresceu 6,2% no trimestre, refletindo expansão nos empréstimos para pessoas e corporativos. Apesar do rápido crescimento nos empréstimos, a taxa de inadimplência de 90 dias ficou praticamente estável em 2,9%.
A margem financeira líquida, ou a diferença entre o que o banco paga pelos depósitos e recebe com os empréstimos, subiu 10,7% frente ao mesmo período do ano anterior, com elevação no volume de crédito. Ainda assim, o spread caiu 0,4 ponto percentual, para 9,3%.
As receitas de prestação de serviços e tarifas somaram R$ 4,8 bilhões, no último trimestre, crescimento de 1,4% na comparação ano a ano, com o banco atribuindo o desempenho ao contínuo aumento da base de clientes e maior transacionalidade.
Perspectiva – O presidente-executivo, Sergio Rial, publicou, em outubro, pela primeira vez, metas operacionais para a subsidiária brasileira do Banco Santander da Espanha. As metas contemplam um crescimento de mais de 10% ao ano na carteira de crédito até 2022 e manutenção do ROE ao redor de 21%.
O Santander Brasil também busca manter a taxa de crescimento da base de clientes em pelo menos 7% ao ano até 2022.
Em material enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o banco afirmou que sua participação de mercado no crédito aumentou 0,75 ponto percentual em 2019, para 10%, o maior patamar nos últimos dez anos. (Reuters)
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