Finanças

Mineiros inadimplentes somam 6,6 milhões

Dívidas em atraso totalizaram R$ 30,9 bilhões no mês passado, de acordo com dados divulgados pela Serasa
Mineiros inadimplentes somam 6,6 milhões
Segmento de bancos e cartões é o que conta com a maior inadimplência em Minas Gerais, com 29,96% das dívidas em julho | Crédito: Charles Silva Duarte

Com dívidas que totalizam R$ 30,9 bilhões, a inadimplência em Minas Gerais afeta atualmente 39,25% da população. Segundo o Mapa da Inadimplência da Serasa, referente ao mês de julho, mais de 6,6 milhões de mineiros encontram-se em situação de endividamento. Embora esse percentual seja menor do que o índice nacional de 43,72%, a magnitude dos valores envolvidos chama atenção para a urgência de readequação das finanças pessoais.

Os setores mais afetados pelas dívidas no Estado são os bancos e cartões, representando 29,96% das dívidas. As contas de gás, água e energia também representam boa parcela das dívidas, com 22,64%. Em seguida, as financeiras ou agências de empréstimos seriam 13,97% entre os mais afetados.

Para entender o perfil do público endividado, a pesquisa aponta que a faixa etária entre 41 e 60 anos é a que apresenta a maior inadimplência em Minas, com 34,5%. Em seguida, pela população entre 26 e 40 anos, com 33,7%, e por mineiros com mais de 60 anos, com 20,2%.

Segunda queda

O levantamento avaliou mais especificamente o cenário de inadimplência no mês de julho deste ano. No período, foi registrada a segunda queda consecutiva na quantidade de inadimplentes no Brasil. Com um total de 71,41 milhões de brasileiros, houve uma redução de 34.495 pessoas em comparação com o mês anterior.

Conforme a instituição, é a primeira vez, desde junho de 2021, em que são registradas duas quedas em sequência.

De acordo com especialistas, esse cenário pode estar relacionado aos primeiros resultados do Programa Desenrola Brasil, lançado pelo governo federal. A redução de 1,60 ponto percentual nos débitos com bancos e cartões de crédito, passando de 31,13% para 29,53% nos últimos dois meses, indica um impacto positivo dessa iniciativa.

A Serasa tem atuado no combate à inadimplência, oferecendo programas que contribuem para a redução dos índices. Somente em Minas Gerais, mais de 316 mil acordos foram fechados em julho por meio do Serasa Limpa Nome. No entanto, há ainda 35,9 milhões de ofertas disponíveis, evidenciando a necessidade contínua de ações para enfrentar esse desafio econômico.

As dívidas com bancos e cartões de crédito registraram uma redução de 1,6 ponto percentual, atingindo 29,53% em julho, a maior queda na representatividade desse segmento registrada desde janeiro de 2019.

O declínio também foi impactado pelas dívidas negociadas nos canais do Serasa Limpa Nome, cujo índice relacionado aos grandes bancos aumentou de 14,77% em junho para 15,16% no mês passado.

Além de bancos e cartões, também foi verificada queda no percentual de déficits no varejo, que passou de 11,44% para 11,10% na comparação dos dois últimos meses. O segmento de utilities (contas de água, luz e gás) teve alta de 22,07% para 23,90%, enquanto o de Financeiras apresentou elevação de 15,22% para 15,30%.

De acordo com a Serasa, julho acumulou um total de 265 milhões de dívidas, que somaram R$ 351 bilhões. O valor médio devido por cada brasileiro é de R$ 4.923,97. (Com informações da Reuters)

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