Modalidade de empréstimo com garantia ganha espaço no País

O crédito com garantia, modalidade que utiliza bens como imóveis ou veículos para assegurar o pagamento, está em ascensão no Brasil. Dados da Creditas, uma das plataformas da modalidade no País, revelam que a procura pelos produtos de home equity (empréstimo com garantia de imóvel) e auto equity (empréstimo com garantia de veículo) por parte dos clientes da empresa cresceu, em conjunto, 75% no primeiro semestre de 2025 em comparação com o mesmo período de 2024.
No caso do home equity, a alta foi de 45,1%, com destaque para janeiro, que registrou crescimento de 73,9% sobre o ano anterior. O pagamento de dívidas segue como principal motivação (25% das buscas), mas o uso para investimento em negócios próprios teve avanço expressivo de 57,6%, representando 24,4% da demanda.
Já o auto equity registrou crescimento de 33,6% no primeiro semestre, impulsionado principalmente por empreendedores e autônomos (+37%). Além da quitação de dívidas (27% das buscas), aumentaram as finalidades voltadas a investimentos em negócios (+14%) e reformas de imóveis (+28%).
“Esses números confirmam que o crédito com garantia vem se consolidando, ano após ano, como uma ferramenta essencial para o acesso a condições mais justas e sustentáveis. Em um cenário de juros elevados, a possibilidade de oferecer taxas muito mais baixas é decisiva para os clientes que precisam de liquidez rápida e previsibilidade, seja para quitar dívidas ou investir em projetos pessoais e profissionais”, ressalta o educador financeiro da Creditas, Guilherme Casagrande.
Levantamento
A consolidação da modalidade é reforçada pela Pesquisa Fintechs de Crédito Digital 2025, realizada pela PwC Brasil em parceria com a Associação Brasileira de Crédito Digital (ABCD). O estudo aponta um aumento nas operações com garantias nas carteiras das fintechs, de 48% para 62%, entre o ano de 2023 e 2024. Além disso, revela que 77% dessas instituições já aceitam bens como garantia, reflexo da busca por maior solidez e do amadurecimento do mercado.
O estudo da ABCD/PwC também destaca a competitividade das fintechs. O levantamento aponta que, no geral, as taxas de juros praticadas pelas fintechs são significativamente menores do que no mercado tradicional. No rotativo do cartão de crédito, por exemplo, as fintechs praticam juros médios de 167% ao ano, contra 451% do mercado. Essa diferença consolida o valor do crédito com garantia como uma alternativa mais justa e acessível aos brasileiros.
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