Nubank pede autorização para operar como banco nacional nos EUA

O Nubank anunciou nesta terça-feira (30) que entrou com pedido de autorização para operar como banco nacional nos Estados Unidos, conforme busca acessar novas possibilidades no mercado financeiro da maior economia do mundo, evoluindo sua plataforma regional para um modelo global.
O banco digital disse que pediu licença junto ao Escritório do Controlador da Moeda (Office of the Comptroller of the Currency) dos EUA, que permitirá que o Nubank ofereça eventualmente contas de depósito, cartão de crédito, empréstimos e custódia de ativos digitais.
“Hoje, nosso foco principal continua sendo gerar crescimento em nossos mercados atuais, onde seguimos observando amplas oportunidades de expansão”, afirmou David Vélez, fundador e presidente-executivo da Nu Holdings, em comunicado à imprensa.
“Ao mesmo tempo, a solicitação da licença de banco nacional nos EUA nos ajuda a atender melhor nossos clientes já estabelecidos no país e, no futuro, a nos conectar com pessoas que têm necessidades financeiras semelhantes e que poderiam se beneficiar de nossos produtos e serviços”, acrescentou.
As ações do Nubank, que são listadas nos EUA, chegaram a ser negociadas a US$ 16,18 na máxima do dia, no começo da tarde, para logo depois perderem o fôlego e voltarem para cerca de US$ 15,80, por volta de 15h25 (de Brasília), de US$ 15,95 na segunda-feira (29).
Fundado em 2013 e com sede em São Paulo, o Nubank atende quase 123 milhões de clientes no Brasil, México e Colômbia. A subsidiária Nu México já recebeu autorização para se tornar um banco pela Comisión Nacional Bancaria y de Valores (CNBV) em abril de 2025 e aguarda aprovação operacional final.
“Apesar de ainda termos trabalho pela frente, acreditamos que, ao trabalhar em estreita colaboração com os reguladores, em breve estaremos em posição de ampliar nossa oferta para o mercado dos EUA como um todo”, disse Cristina Junqueira, cofundadora, diretora de crescimento da Nu Holdings e presidente-executiva da nova operação nos EUA.
A executiva mudou‑se para os EUA em tempo integral como parte de seu compromisso com essa iniciativa.
Além dela, também fará parte do conselho de administração da operação nos EUA o ex-presidente do Banco Central Roberto Campos Neto, que ficará à frente do colegiado, entre outros nomes.
Conteúdo distribuído por Reuters
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