Operação da PF apura troca de informações privilegiadas

São Paulo – A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira (7) uma operação com quatro mandados de busca e apreensão na cidade do Rio de Janeiro. Nomeada Operação Rabbit, a ação combate a troca de informações privilegiadas entre investidores para a obtenção de vantagens no mercado financeiro.
A Justiça determinou o sequestro de bens e mais de R$ 5 milhões, além do afastamento de um funcionário de uma distribuidora de títulos e valores mobiliários (DTVM) por envolvimento com a prática criminosa, conhecida também como “front running”.
“O homem em questão repassava as informações para pessoas conhecidas dele, com o intuito de que estas se antecipassem aos movimentos do mercado”, disse a PF em nota.
A investigação, que contou com a colaboração da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), começou a partir de uma denúncia de que os envolvidos estariam utilizando informações exclusivas, internas e sigilosas para lucrar com operações no mercado de renda variável.
O grupo criminoso possuía taxa de êxito em operações de compra e venda de ações no mesmo dia, o chamado day trade, superior a 94%, segundo a PF.
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Um estudo encomendado pela CVM em 2022 mostrou que mais de 90% dos operadores de day trade acabam com prejuízos, e menos de 1% tem lucro diário superior a R$ 300. As ordens judiciais foram expedidas pela 3ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Rio de Janeiro.
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