Ouro tem ligeira queda após aumento da incerteza geopolítica com falas de Trump

São Paulo – O ouro fechou nesta terça-feira (11) perto da estabilidade, arrefecendo as correções do dia depois que o presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, voltou a fazer comentários sobre o controle norte-americano sobre a Faixa de Gaza, aumentando a incerteza geopolítica global.
O ouro para abril recuou 0,06% nesta terça, cotado a US$ 2932,60 por onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).
A proposta para que os EUA assumam o controle da Faixa de Gaza e a desenvolvam como um destino internacional, enquanto seus residentes são realocados, continuou a ser repetida nesta terça pelo presidente norte-americano, inclusive dizendo em uma entrevista veiculada na segunda-feira à noite que os palestinos não teriam o direito de retornar à sua terra natal.
O republicano também assinou na segunda-feira (10) uma ordem executiva para a implementação de tarifas de 25% sobre o aço e o alumínio, aumentando a demanda por ativos como o ouro, que é considerado refúgio seguro.
O conteúdo continua após o "Você pode gostar".
China, Turquia, Índia e os países do Leste Europeu continuam comprando ouro para construir suas reservas de ativos que não acarretam riscos para os EUA, diz Ipek Ozkardeskaya, analista sênior do Swissquote Bank.
“Embora o ambiente geopolítico e comercial restrito possa se tornar mais tenso muito rapidamente, o metal precioso continua sendo a melhor proteção contra Trump e faz com que os US$ 3.000 por onça-troy sejam facilmente alcançáveis”, acrescenta ela.
Ao mesmo tempo, o protecionismo dos EUA deve elevar os preços dos produtos importados, aumentando a inflação e reforçando ainda mais o apelo do metal dourado como proteção contra a desvalorização monetária, escreve Ricardo Evangelista, da ActivTrades.
Reportagem distribuída pela Estadão Conteúdo
Ouça a rádio de Minas