Ouro ultrapassa US$ 3 mil/onça pela primeira vez em busca histórica por segurança

O ouro ultrapassou a barreira de US$ 3.000 nesta sexta-feira pela primeira vez, em meio a uma corrida dos investidores pelo ativo seguro em busca de proteção contra as incertezas econômicas provocadas pela guerra tarifária do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O ouro à vista atingiu a máxima histórica de US$ 3.004,86 nesta sessão, passando depois a cair 0,2%, para US$ 2.981,42, com a realização de lucros.
A alta do ouro para além da marca de US$ 3.000,00 foi impulsionada por “investidores sitiados que buscavam o melhor ativo seguro dado o tumulto de Trump nos mercados de ações”, disse Tai Wong, um operador independente de metais.
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Tradicionalmente visto como uma reserva segura de valor durante turbulências geopolíticas, o ouro acumula ganhos de quase 14% até agora neste ano, impulsionado em parte por preocupações sobre o impacto das tarifas de Trump e uma consequente liquidação nos mercados de ações.
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O ouro também tem sido sustentado pela demanda de bancos centrais, com o principal comprador, a China, aumentando suas reservas do metal pelo quarto mês consecutivo em fevereiro.
“Os bancos centrais continuam com as aquisições de ouro em nível recorde, buscando diversificar de um dólar cada vez mais volátil”, disse o presidente-executivo da GoldCore, David Russell.
Reportagem distribuída pela Reuters
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