Finanças

Pagamento por aproximação soma R$ 376 bi no 3º tri e cresce 46,5% em 1 ano, diz Abecs

Pix por aproximação deve ter impacto, principalmente no débito
Pagamento por aproximação soma R$ 376 bi no 3º tri e cresce 46,5% em 1 ano, diz Abecs
Foto: Adobe Stock

O pagamento por aproximação utilizando cartões chegou a R$ 376 bilhões em volume financeiro no terceiro trimestre deste ano, crescimento de 46,5% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs).

O maior crescimento foi no crédito, com alta de 50%, seguido pelo débito, com crescimento de 49,1%. A aproximação respondeu por 65% das compras presenciais com cartões no período, contra 52,3% um ano antes.

“Existem ainda alguns cartões físicos no mercado que não têm a funcionalidade da aproximação. Imagino que se tivéssemos a informação dos cartões que têm a funcionalidade mas não são acionados, esse número poderia ser ainda maior”, disse o presidente da Abecs, Giancarlo Greco, em coletiva de imprensa para tratar dos números do setor no terceiro trimestre deste ano

Os dados da entidade mostram que a maior parte das compras por aproximação, 73%, ainda usam o plástico. Esse meio, no entanto, perdeu 8 pontos porcentuais de participação em um ano. Essa participação migrou para o telefone celular quase que integralmente. De 26% dos pagamentos por aproximação, os dispositivos passaram a responder por 32% do total.

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A Abecs também informou que as compras não presenciais com cartões subiram 15,8% em um ano, para R$ 246 bilhões.

Para presidente da Abecs, Pix por aproximação deve ter impacto, principalmente no débito

O presidente da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), Giancarlo Greco, afirmou nesta quinta-feira que o Pix por aproximação deve ter impacto sobre os cartões de débito. No crédito, ele vê um impacto baixo mesmo nos cartões sem anuidade, que não têm benefícios como os programas de fidelidade.

“Eu acredito que deve ter um impacto, principalmente no cartão de débito. O crédito, em função de todos os benefícios da proposta de valor, deve continuar tendo um crescimento forte”, afirmou ele, em coletiva de imprensa para tratar dos números do setor no terceiro trimestre deste ano.

Greco disse que mesmo no caso dos cartões de crédito sem anuidade, esse impacto deve ser reduzido. “Além dos benefícios, você tem um componente importante, o cartão de crédito tem um limite estabelecido”, afirmou ele.

O Pix por aproximação terá oferta obrigatória em fevereiro do ano que vem, mas pelo menos três instituições – Itaú Unibanco, C6 Bank e PicPay – começaram a oferecê-lo neste ano, inclusive através do Google Pay, a carteira digital do Google inserida em dispositivos Android.

Cartões movimentam R$ 1 trilhão no 3º trimestre, com alta de 10,2% em 1 ano

O setor de cartões movimentou R$ 1 trilhão em transações no terceiro trimestre deste ano, crescimento de 10,2% em um ano, de acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs). No acumulado dos nove primeiros meses deste ano, o crescimento é de 10,9%, com um volume financeiro de R$ 3 trilhões.

O presidente da Abecs, Giancarlo Greco, afirmou nesta quinta-feira, 7, que o momento positivo da economia ajuda, com a queda no desemprego e o consequente impulso ao consumo.

“Quando nós fizemos a projeção para o ano, sempre olhamos para R$ 4 trilhões, e conseguimos ver que esse número tem uma chance muito grande de ser atingido no quarto trimestre”, disse ele, em coletiva de imprensa para tratar dos números do setor no terceiro trimestre deste ano.

Houve desempenho distinto entre as diferentes modalidades de cartão. O crédito, que é o mais representativo, movimentou R$ 693,2 bilhões no terceiro trimestre, crescimento de 14% em um ano. O débito, por outro lado, ficou quase estável (-0,4%), movimentando R$ 248,3 bilhões.

O principal ofensor ao desempenho do débito é o Pix, que tem sido mais adotado como método de pagamento em compras, tanto no varejo online quanto no comércio físico. Para reduzir esse impacto, o setor tem buscado ampliar a competitividade do débito nas compras online, com pagamentos sem senha, por exemplo.

Reportagem distribuída pelo Estadão Conteúdo

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