Pesquisa revela que 25% dos mineiros já foram vítimas de golpes virtuais

Perder dinheiro por conta de golpes como clonagem de cartão e fraude, ou simplesmente ter os dados bancários invadidos ou vazados, são situações vivenciadas por uma a cada quatro pessoas em Minas Gerais. Esse dado sobre golpes virtuais corresponde aos casos analisados nos últimos 12 meses, e retrata a realidade de 25% da população mineira.

As informações são do levantamento “Panorama Político 2024”, realizado pelo DataSenado em parceria com o escritório Nexus, do grupo FSB Holding.

No ranking nacional, Minas Gerais é o quinto estado com maior recorrência de golpes, ao lado de Amazonas, Pará e Rio Grande do Norte. Lideram a lista os estados de São Paulo (com 30% da população vítima de golpes), e Mato Grosso (28%). Veja o ranking:

• São Paulo;
• Mato Grosso;
• Roraima e Distrito Federal;
• Espírito Santo e Rio Grande do Sul;
• Amazonas, Pará, Rio Grande do Norte e Minas Gerais.

Já os estados que têm menos incidência neste índice são o Piauí (18%) e o Ceará (17%).

Essa é a maior pesquisa sobre o tema realizada no Brasil. Entre os dias 5 e 28 de junho, foram coletados dados com 21.808 brasileiros de todas as 27 unidades da Federação. A média nacional de vítimas de golpes na internet é de 24%.

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Perfil das vítimas de golpes virtuais

Apesar das diferenças entre os estados, de modo geral, não há um perfil específico de quem sofre golpes digitais. No entanto, há características socioeconômicas dos brasileiros que devem ser levadas em consideração. Por exemplo, 51% das vítimas têm renda familiar de até dois salários mínimos.

Em relação às faixas etárias, 27% das vítimas têm entre 16 e 29 anos. Já as pessoas com 60 anos ou mais representam 16% das vítimas desse tipo de golpe.

“Os golpes virtuais têm se tornado cada vez mais frequentes e sofisticados, impactando parcela significativa dos brasileiros. Os dados permitem um diagnóstico amplo, que pode apontar possíveis soluções para prevenção e enfrentamento desse problema”, avalia o CEO da Nexus, Marcelo Tokarski.

Para o coordenador da pesquisa e analista do DataSenado, José Henrique Varanda, o levantamento permite compreender melhor a dimensão desse tipo de crime na população brasileira, e pode servir como base para elaboração de propostas.

“Outro destaque é a representatividade da pesquisa ao trazer dados locais. As estimativas por unidade da Federação são importantes para representação parlamentar do Senado”, conclui Varanda.