Na RMBH, IPCA sobe 0,45% e fica acima da média nacional

Em outubro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu mais uma vez na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). No 10º mês de 2023, a inflação aumentou 0,45%, superando a variação de 0,24% vista no Brasil e ficando bem acima do IPCA de setembro, que na RMBH foi de 0,25%. No mês, as passagens aéreas provocaram o maior impacto individual positivo no IPCA.
Conforme os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o resultado do IPCA de outubro na RMBH representou o terceiro maior mensal entre as 16 áreas pesquisadas.
Com a alta de 0,45%, a inflação acumulada nos últimos 12 meses subiu para 5,24% na RMBH, a segunda maior entre as áreas de abrangência da pesquisa. A variação nos últimos 12 meses da RMBH também supera a nacional, que ficou em 4,82%. De janeiro a outubro, o IPCA da RMBH registrou um aumento de 3,94%, ficando, assim, também acima do nível nacional, que foi de 3,75%.
“Em outubro, nós tivemos uma variação de preços superior em Belo Horizonte frente à média nacional. Na RMBH, o IPCA variou 0,45%, enquanto na média nacional variou 0,24%. Na Capital, sete dos nove grupos pesquisados apresentaram aumento do nível de preços. Mas, o impacto mais relevante vem de, principalmente, dois grupos, o de alimentação e bebidas e o de transportes”, disse o economista e especialista em educação financeira da Suno, Guilherme Almeida.
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Sete dos nove grupos que compõem o IPCA tiveram alta na RMBH
Conforme os dados do IBGE, na RMBH, os sete grupos que apresentaram variações positivas foram: Vestuário, com aumento de 1,21%, em seguida veio o grupo de Transportes, com variação positiva de 1,09%.
Alta também em Alimentação e Bebidas (0,55%), Despesas Pessoais (0,33%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,12%). Em Artigos de Residência o aumento ficou em 0,05% e, em Educação, em 0,03%.
Por outro lado, dois apresentaram deflação. São eles: Comunicação, com queda de 0,17%, e Habitação, com pequena variação negativa de 0,01%.
Passagens aéreas sobem 24,29%
O resultado do grupo de Transportes, cuja alta foi de 1,09%, ocorreu, principalmente, pelo aumento do preços das passagens aéreas, 24,29%. Somente o impacto das passagens no IPCA da RMBH foi de 0,12 ponto percentual (p.p.), o maior impacto individual positivo. Ainda no grupo, foram destaques o aumento do emplacamento e licença (2,97%), que exerceu influência de 0,07 p.p. no índice geral.
Com alta também significativa no IPCA da RMBH, o grupo de Vestuário, que apresentou aumento de 1,21%, foi puxado pelos preços do tênis, que aumentou 3,23%, e das roupas, que subiu 0,93%.
Alimentos e Bebidas
Outro grupo que ajudou a alavancar o IPCA da RMBH foi o de Alimentos e Bebidas. A alta de 0,55% foi resultado dos aumentos de preços da batata-inglesa (19,68%), das frutas (4,12%), do arroz (2,36%) e das carnes (1,45%). A alta não foi maior devido a algumas quedas. Entre estas estão os preços do feijão-carioca, que caiu 10,37%, do queijo (3,10%), e do leite longa vida (2,31%),
“A alimentação no domicílio, os itens consumidos em casa, acabaram apresentando uma pressão sobre o nível de preços, inclusive superior aqui em Belo Horizonte, frente à média nacional. Se a gente for olhar o grupo, nós tivemos uma variação de 0,55% RMBH e de 0,31% na média nacional. Assim, a alimentação no domicílio em Belo Horizonte variou quase três vezes mais do que a média nacional”, disse Almeida.
Ainda segundo o economista, o aumento tem como um dos fatores o custo do frete. “O custo do frete estabeleceu-se a um patamar superior à média nacional e, isso, pode contribuir para essa variação de preço superior na RMBH do que na média nacional”.
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