Saque de recursos esquecidos é adiado

Brasília – Devido à greve dos servidores, o Banco Central anunciou ontem o adiamento do início da segunda etapa de saques do dinheiro esquecido em bancos e outras instituições financeiras. O retorno do Sistema de Valores a Receber (SVR) estava previsto para a próxima segunda-feira, 2 de maio.
Mesmo quem não tinha dinheiro esquecido na primeira etapa do SVR poderá ter valores a receber. A previsão é liberar mais R$ 4 bilhões aos brasileiros. Haverá devolução de tarifas e parcelas de crédito cobradas indevidamente, não previstas em Termos de Compromisso assinados pelo banco com o BC, contas de pagamento pré-paga e pós-paga encerradas com saldo disponível, dentre outras situações.
“A nova data será comunicada com a devida antecedência”, disse o BC em nota.
Segundo a autoridade monetária, a mobilização dos servidores prejudicou o cronograma de desenvolvimento das melhorias da ferramenta. A greve, que durou de 1º a 19 de abril, foi suspensa por duas semanas. Caso as negociações com o governo por reajuste salarial e reestruturação de carreira não avancem, os funcionários prometem retomar a paralisação no dia 3 de maio.
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A primeira fase de resgate do dinheiro esquecido teve início no dia 7 de março e foi encerrada em 16 de abril, na última repescagem. Os valores eram provenientes de contas-correntes ou poupanças encerradas com saldo disponível ou recursos de consórcios esquecidos, por exemplo.
Na etapa inicial, foram disponibilizados aproximadamente R$ 3,3 bilhões para pessoas físicas, beneficiando 27,3 milhões de CPFs. Entre pessoas jurídicas, eram 2 milhões de CNPJs beneficiados, somando ao todo cerca de R$ 4 bilhões liberados.
Até o dia 5 de abril, foram distribuídos mais de R$ 295 milhões a 3,3 milhões de pessoas físicas e 15,8 mil empresas. Enquanto a maioria dos brasileiros encontrou centavos na hora do resgate, um cliente sacou R$ 1,625 milhão, outro descobriu R$ 1,155 milhão de saldo remanescente.
Na segunda fase, está prevista a liberação de mais R$ 4 bilhões aos brasileiros. Mesmo quem já fez a consulta na primeira etapa não encontrou valores ainda pode ter algo a receber. Além disso, não haverá necessidade de agendamento prévio.
A partir da segunda etapa, serão disponibilizadas novas fontes de recursos como, tarifas cobradas indevidamente, não previstas em Termos de Compromisso assinados pelo banco com o BC, parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente, contas de pagamento pré-paga e pós-paga encerradas com saldo disponível, entidades em liquidação extrajudicial, entrou outros.
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