Sebrae e entidades assinam manifesto contra o fim do Parcelamento Sem Juros

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e instituições relacionadas ao Comércio e Serviços assinaram um manifesto contra o fim dos parcelamentos através do cartão de crédito. O documento foi criado em meio a debates que surgiram após o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, indicar a possibilidade do fim dessa modalidade de pagamento.
De acordo com as entidades, “restringir o Parcelamento Sem Juros (PSJ) é limitar a competição e privar a população, o varejo e a economia como um todo de uma ferramenta essencial”. E não deve ser relacionada com irresponsabilidade financeira.
Para se ter uma ideia, o PSJ gerou mais de R$ 1 trilhão na economia, o equivalente a 10% o Produto Interno Bruto (PIB). Por ele, clientes podem comprar serviços e produtos com condições condizentes com seu orçamento; já para o vendedor, é como uma linha de crédito para capital de giro mais barata.
Para o Sebrae, o alto valor cobrado nos juros do rotativo pode de afetar o desenvolvimento dos negócios e impedir o consumo das famílias. E os pequenos negócios seriam os mais prejudicados com a taxação.
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As consequências do fim da modalidade são reiteradas pelo presidente do Sebrae, Décio Lima, que destaca a importância de garantir que pequenos negócios tenham segurança no mercado.
“O parcelamento com taxação é inimaginável frente às naturais dificuldades econômicos enfrentadas pelo setor na voracidade própria do mercado. Os pequenos precisam ser protegidos para continuar tracionando a economia brasileira”, diz Lima.
Segundo pesquisa da LCA Consultores, se a modalidade for restringida, haveria aumento na despesa de crédito em 35%, com diminuição de 27% no volume do crédito. O comércio sofreria com perda de R$ 190 bilhões nas vendas, com potencial de prejudicar demais setores econômicos.
Assinaram o documento “Manifesto pelo direito de continuar fazendo compras parceladas sem juros”: Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (Abad), Associação Brasileira de Instituições de Pagamentos (Abipag), Associação Brasileira de Internet (Abranet), Associação Brasileira de Academias (Acad Brasil), Associação de Lojistas do Brás (Alobrás), Conecta, Parcele na Hora, Proteste, Euroconsumers Brasil, União dos Lojistas da Rua 25 de Março e Adjacências (Univinco).
*estagiário sob supervisão da edição
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