Finanças

Tesouro Direto registra emissão líquida recorde

Tesouro Direto registra emissão líquida recorde
Crédito: Pixabay

Brasília – A venda de títulos públicos a pessoas físicas somou R$ 2,97 bilhões em abril, informou ontem o Tesouro Nacional. Os resgates, por sua vez, totalizaram R$ 1,4 bilhão.

Dessa forma, houve emissão líquida de R$ 1,57 bilhão, maior valor da série histórica, iniciada em janeiro de 2005.

As aplicações de até R$ 1 mil representaram 61,86% das operações de investimento no período. O valor médio por operação foi de R$ 8.235,34.

Os títulos mais demandados pelos investidores foram os indexados à taxa Selic (Tesouro Selic), que totalizaram R$ 1,61 bilhão, representando 54,2% das vendas. Os títulos indexados à inflação (Tesouro IPCA+ e Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais) somaram, em vendas, R$ 878 milhões e corresponderam a 29,6% do total, enquanto os títulos prefixados (Tesouro Prefixado e Tesouro Prefixado com Juros Semestrais) totalizaram R$ 480 milhões em vendas, ou 16,2% do total.

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Nas recompras (resgates antecipados), também predominaram os títulos indexados à taxa Selic, que somaram R$ 736 milhões (52,7%). Os títulos remunerados por índices de preços (Tesouro IPCA+, Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais e Tesouro IGPM+ com Juros Semestrais) totalizaram R$ 407 milhões (29,1%) e os prefixados, R$ 253 milhões (18,2%).

Quanto ao prazo, a maior parcela de vendas se concentrou nos títulos com vencimento entre 1 e 5 anos, que alcançaram 58,2% do total. As aplicações em títulos com vencimento acima de 10 anos representaram 25,1%, enquanto os títulos com vencimento de 5 a 10 anos corresponderam a 16,7% do total.

Investidores – No mês, o total de investidores ativos no Tesouro Direto, isto é, aqueles que atualmente estão com saldo em aplicações no programa, chegou a 1.247.338, o que representa um aumento de 33.531 investidores no período. Já o número de investidores cadastrados no programa atingiu 6.768.777, um acréscimo de 256.197 (ou 3,93%) na comparação com março de 2020.

Estoque – Em abril de 2020, o estoque do programa fechou em R$ 60,24 bilhões, aumento de 3,1% em relação ao mês anterior (R$ 58,44 bilhões).

Os títulos remunerados por índices de preços se mantêm como os mais representativos do estoque, somando R$ 29,61 bilhões, ou 49,2% do total. Na sequência, vêm os títulos indexados à taxa Selic, totalizando R$ 19,96 bilhões (33,1%), e os títulos prefixados, que somaram R$ 10,67 bilhões, com 17,7% do total. (ABr)

Operações com debêntures incentivadas recuam 40%

Brasília – As emissões de debêntures (títulos privados) incentivadas de infraestrutura alcançaram R$ 3,84 bilhões neste ano até abril. Esse valor ficou abaixo dos R$ 6,4 bilhões alcançados no mesmo período do ano passado, com redução de 40%.

Os dados fazem parte da 77ª edição do Boletim de Debêntures Incentivadas, que a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia divulgou ontem.

As debêntures incentivadas foram criadas pela Lei nº 12.431/2011 para financiar projetos de infraestrutura e têm benefícios tributários. As emissões desses papéis, que são isentos de Imposto de Renda (IR), bateram recorde em 2019, somando R$ 33,78 bilhões.

A alternativa às fontes tradicionais de investimento em infraestrutura alcançou, no primeiro trimestre de 2020, R$ 3,14 bilhões, montante superior ao desembolsado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o setor, na casa de R$ 2,93 bilhões. Em abril, o volume de R$ 700 milhões foi destinado a um projeto de mobilidade urbana.

Nos últimos 12 meses, as debêntures incentivadas alcançaram o volume de R$ 31,28 bilhões contra R$ 20,38 bilhões desembolsados pelo BNDES.

Prazo médio – Segundo o Ministério da Economia, o prazo médio das emissões vem apresentando tendência de alta desde 2016, atingindo 15,9 anos no período de janeiro a abril de 2020. No que diz respeito ao custo, foi registrada trajetória de redução desde 2015, em linha com a queda da curva de juros no mercado.

No período de janeiro a abril de 2020, a remuneração média foi de IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) + 5,5% ao ano, superior à remuneração média verificada em 2019, de IPCA + 4,7% ao ano. (ABr)

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