Finanças

Volume administrado por gestores de patrimônio atinge R$ 540 bilhões em 2025

Valor registrado no primeiro semestre representa crescimento de 7,1%, de acordo com dados da Anbima
Volume administrado por gestores de patrimônio atinge R$ 540 bilhões em 2025
Fundos de investimento subiram 2,9% e chegaram a R$ 327,9 bilhões | Foto: Marcos Santos / USP Imagens

O volume de recursos administrados por gestores de patrimônio cresceu 7,1% no primeiro semestre no Brasil e alcançou R$ 540,3 milhões, conforme dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

Minas Gerais e Espírito Santo responderam por 5,9% do total e acompanharam o crescimento, passando de R$ 29,7 bilhões para R$ 31,8 bilhões, avanço de 7,2% no semestre.

Entre os destaques estão os títulos incentivados, que somaram R$ 67,3 bilhões, alta de 15,6%. A renda fixa também ampliou participação, com crescimento de 9,4% frente ao fechamento de 2024. Com isso, a fatia dessas aplicações passou de 44,5% para 45,4%.

A superintendente de Representação da Anbima, Tatiana Itikawa, avaliou que “os gestores se apoiaram em uma estratégia de diversificação para contornar os desafios das conjunturas econômica doméstica e internacional, com avanços importantes tanto na renda fixa quanto na variável”.

Entre os produtos de renda fixa, houve alta de 31,9% nas Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), que somaram R$ 17,3 bilhões no semestre. As Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) cresceram 19,7%, totalizando R$ 17,7 bilhões. Já as Letras Imobiliárias Garantidas (LIGs) tiveram avanço tímido, de 1,3%, fechando em R$ 4,4 bilhões.

Os títulos públicos subiram 10,7% e alcançaram R$ 42,9 bilhões. Já os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) encerraram junho em R$ 36,6 bilhões, alta de 31,9%.

As debêntures incentivadas cresceram 6,5%, para R$ 15,7 bilhões. Os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) avançaram 9,6%, somando R$ 10,1 bilhões. Na contramão, os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) recuaram 4%, para R$ 6,1 bilhões.

A previdência privada também foi destaque, com alta de 12,7%, totalizando R$ 16,5 bilhões (3% do volume total).

Na outra ponta, os fundos de renda fixa recuaram 1%, para R$ 58,9 bilhões. Os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) caíram 3,5%, para R$ 11,5 bilhões. Já as debêntures tradicionais fecharam junho em R$ 10,6 bilhões, queda de 11,4% em relação a 2024.

Ações e fundos de ações se destacam na renda variável  

Na renda variável, houve crescimento de 10,1%, para R$ 178,9 milhões, equivalente a 33% do total. Os fundos de ações subiram 7,3% e chegaram a R$ 79,8 bilhões. Já as ações avançaram 17,4%, somando R$ 69,3 bilhões.

Na avaliação de Itikawa, com clientes mais acostumados à volatilidade do mercado, os gestores aproveitaram o bom desempenho do Ibovespa, que subiu mais de 15% no semestre, para entregar “boa rentabilidade”.

Os Fundos de Investimento em Participações (FIPs) avançaram 2,5%, para R$ 29,4 bilhões. Já os fundos cambiais cresceram 27,7%, totalizando R$ 154,4 milhões.

Tipos de instrumentos   

Os fundos de investimento subiram 2,9% e chegaram a R$ 327,9 bilhões, embora o número de fundos tenha caído 5,3%.

As carteiras administradas tiveram crescimento de 14,1%, para R$ 212,4 bilhões. A quantidade de carteiras subiu 8,3%, alcançando 34.184 no fim de junho. O total de gestoras chegou a 161, uma a mais do que no fechamento de 2024.   

Multimercado recua  

Os instrumentos híbridos recuaram 4,8%, para R$ 94,9 bilhões (17,6% do total). O resultado foi puxado pelos fundos multimercado, que caíram 11,9%, fechando o semestre em R$ 66,6 bilhões.

Já os fundos imobiliários avançaram 13,7%, somando R$ 22,7 bilhões, e os ETFs (fundos de índice) cresceram 36,9%, para R$ 5,5 bilhões.

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