Setor de franquias já fatura 19% a mais que em 2023

O setor de franquias cresceu 19,1% no primeiro trimestre deste ano sobre a mesma época de 2023. A Páscoa e o setor de alimentação puxaram o desempenho da atividade, que faturou R$ 60,5 bilhões nos primeiros três meses deste exercício, contra R$ 50,8 bilhões um ano antes.
Os dados são da Pesquisa Trimestral de Desempenho do setor realizada pela Associação Brasileira de Franchising (ABF) e revelam ainda que foram abertas 4,3% mais operações no período, e encerradas 1,9%, resultando em saldo positivo de 2,4%.
No acumulado dos últimos 12 meses, o setor cresceu 14,3%, saindo de R$ 218,962 bilhões para R$ 250,367 bilhões. Os bons resultados do setor de franquias foram alavancados, tanto por fatores sazonais, como a Páscoa, quanto pelo desempenho positivo dos segmentos de Alimentação, (Comércio e Distribuição, Food Service e Serviços).
Páscoa no terceiro trimestre foi fundamental
Para a ABF, a Páscoa em 2024, por ter ocorrido no terceiro trimestre, foi um dos grandes impulsionadores do setor. O resultado se associa à maior demanda por chocolates finos, vendidos por franquias de chocolate, além de fortes êxitos no cenário macroeconômico brasileiro.
Segundo o presidente da ABF, Tom Moreira Leite, o crescimento registrado pelas franquias reflete a força do setor, que vem direcionando esforços com foco em expansão, produtividade e novos modelos de negócios. “De fato, redes de chocolate relataram um grande resultado na Páscoa, agregando ao desempenho do primeiro trimestre um faturamento significativo”, pontua.
Além do mercado de chocolates, ele completa que setores como o de sorveterias e açaís também se destacaram. O motivo está associado às recentes ondas de calor, que também contribuíram para alavancar outros negócios durante o trimestre.
Franqueadores ainda convivem com débitos da Pandemia
Embora o setor tenha motivos para comemorar, ainda existem desafios que precisam ser superados. Leite pondera que são necessários alguns ajustes, como nas operações omnichannel, no acompanhamento das mudanças de comportamento do consumidor e, principalmente, na necessidade de equacionar a elevada carga tributária, a pressão inflacionária e a quitação de compromissos financeiros assumidos ao longo da pandemia.
“A aprovação do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) vai ser muito importante para os segmentos elegíveis cumprirem seus compromissos da pandemia e manterem planos de expansão, gerando ainda mais empregos, impostos e renda. Além disso, estamos acompanhando de perto o impacto da tragédia no Rio Grande do Sul. Muitos franqueadores e franqueados foram afetados e vamos ter mais claro estes impactos na pesquisa do segundo trimestre”, finaliza.
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