Gastronomia

Folia gastronômica: veja onde encontrar a tradicional comida mineira no Carnaval de BH

Veja a seleção feita pelo Diário do Comércio de estabelecimentos de BH que servem a tradicional comida mineira para se deliciar no Carnaval e também depois da folia
Folia gastronômica: veja onde encontrar a tradicional comida mineira no Carnaval de BH
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O Carnaval de Belo Horizonte já se tornou referência para os turistas que vêm visitar a capital mineira, seja pela folia dos blocos que começa desde o nascer do sol, pelos shows que tem início na metade de fevereiro e perduram por quase um mês, ou pela festa que toma conta da cidade inteira. Outra característica muito comentada pelos turistas é a hospitalidade, a cultura e a comida mineira.

Com comidas típicas marcantes que vão da entrada ao prato principal, sem esquecer da sobremesa, o turista que vem para Minas Gerais não pode – e nem quer – fugir da culinária mineira. 

Para os foliões que preferem uma comida caseira mesmo fora de casa, o Diário do Comércio fez uma seleção de restaurantes que são exemplos da cultura gastronômica de Minas Gerais. Confira.

Caipira Xique

“Decidimos unir simplicidade e sabor, trazendo a essência da comida caipira para pratos novos e sofisticados, mantendo o afeto e o tempero da cozinha raiz.” comenta o gestor do Caipira Xique, Leo Cabral.

Com 12 anos de existência, o restaurante que surgiu como um tele-marmitex, atualmente, está localizado na rua Francisco Bretas Bering, 324, na Pampulha

Conduzido pela família Cabral, o restaurante de comida mineira à la carte tem pratos que homenageiam diferentes regiões de Minas Gerais. As indicações do Leo, que é formado em gastronomia e comanda a cozinha ao lado da mãe, são os pratos:

  • “Lembranças do Sertão”: alcatra serenada, purê de banana-da-terra com parmesão, mostarda refogada e arroz com alho-poró (R$ 154,90).
  • “Barriga Caipira”: torresmo de barriga marinado na cachaça e semi-defumado no fogão a lenha (R$ 48,90).
  • “Jequitinhonha”: focado em ingredientes que valorizam a região (R$ 182,90).

Além dessas opções, o cardápio conta com diversas cervejas artesanais, como a Caipira Pilsen, a mais vendida da casa, e drinques autorais, que o cozinheiro e gestor garante que estarão bem gelados para os foliões que passarem por lá.

O Caipira Xique estará aberto para almoço todos os dias do Carnaval, a partir das 11h30, com a “Folia da Gastronomia Mineira”. 

Para quem tem planos de voltar (e continuar) em BH, Leo Cabral adianta um pequeno spoiler das programações para 2025: “Este ano vamos lançar a ‘Cachaça Seu Manel’, uma parceria com a renomada cachaçaria mineira Pinissilina, em homenagem ao meu pai. Além disso, teremos os ‘Doces Dona Lena’, em homenagem à minha mãe, em parceria com a Doces Antunes de Moeda, começando com o doce de leite, e outros que seguirão em breve”. 

A cozinha aberta permite que os clientes confiram todo o processo de preparação, e é possível ver que tudo é fresquinho e feito na hora. “Quem visita Belo Horizonte e a Pampulha precisa passar no Caipira Xique para ter uma experiência completa da mineiridade.” conclui. 

Dona Lucinha

A ideia do restaurante Dona Lucinha, que nasceu em 1990, veio após anos de participações em festivais de diversas cidades do País para enaltecer a comida mineira. Lucinha, que dá nome ao estabelecimento, deixou o legado da gastronomia mineira para os onze filhos e para os apreciadores da comida de Minas.

Ela tinha o sonho de inspirar segurança e confiança ao oferecer um local que tivesse a cara de sua cozinha, como lembra a filha Marcia Nunes, conhecia como Marcinha, que, atualmente, administra o restaurante instalado na rua Padre Odorico, 38, na Savassi.

Com opções para crianças, veganos e para quem não abre mão de um peixinho, uma homenagem aos rios Doce e Jequitinhonha, os pratos mais pedidos pelos turistas que frequentam o restaurante são os tradicionais:

  • tutu com costelinha,
  • feijão tropeiro,
  • frango com quiabo
  • e costelinha com ora-pro-nóbis.

Os preços variam de R$ 71,00 para uma pessoa a R$ 134,00 para duas.

O restaurante, que funciona no modo à la carte, também conta com sobremesas como ambrosia, doce de leite, o famoso romeu e julieta de queijo com goiabada, e os licores de canela, anis, jenipapo e frutas da época.

Especialmente para o Carnaval, Marcinha vai realizar a Vendinha da Dona Lucinha, no deque do restaurante, com cervejas em lata e um fogão para fazer feijão tropeiro e pão de queijo recheado para quem quiser comprar pra viagem.

Além da vendinha, o restaurante tem uma unidade em formato de armazém no Mercado Central, no cruzamento dos corredores H-15/Q-12, que vende queijos, doces e alguns pratos.  

Paladino

Inaugurado em maio de 2002 e totalmente construído com madeiras de demolição da Zona da Mata mineira, o Paladino é um restaurante que serve comida para a família e para compartilhar, segundo o dono e cozinheiro Marcelo Haddad Guerra, o Marcelinho. 

Com uma localização estratégica em um terreno que já era da família, a casa é quase uma fazenda perto do zoológico de Belo Horizonte, com muita natureza e um curso d’água que passa no fundo do local, instalado na avenida Gildo Macedo Lacerda, 300, na região da Pampulha.

Funcionando no estilo de serviço à la carte, a casa também conta com uma vendinha que possibilita o comércio de doces, queijo, biscoitos, artesanato e até ovos da granja do próprio restaurante.

Para os foliões, a casa vai estar aberta todos os dias de Carnaval para almoço, das 11h30 às 17h, fechando apenas na Quarta-feira de Cinzas.

As recomendações do cozinheiro e dono da casa são as seguintes opções do cardápio:

  • Torresminho da casa (R$ 32,00)
  • Costelinha de lata (R$ 74,00)
  • Frango com ora-pro-nóbis do quintal que serve até cinco pessoas (R$ 238,00)

Além disso, há também a carta de bebidas, que conta com cachaça, caipirinha, chope, cerveja e vinho.

Pop Kid

Nascido no início da década de 1980 com foco no fast food, o Pop Kid costumava ter como estrelas da casa a Kid Batata e o Pop Pastel. Assim surgiu a ideia para um nome tão único e já tradicional na capital mineira.

Instalado na rua Rio de Janeiro, 661, no Centro de Belo Horizonte, o restaurante amadureceu com o tempo, segundo o gestor responsável pela casa, Leandro Câmara. Atualmente, o carro-chefe é a venda de chope e o Pop Kid é um dos Top 5 vendedores de chope de Minas Gerais, segundo a Ambev. 

Esperando mais de mil pessoas por dia na semana de Carnaval, o Pop Kid terá um sistema grab and go de chope para facilitar o consumo dos foliões e o trabalho dos funcionários. Também estarão disponíveis alguns produtos do cardápio mais práticos e de consumo rápido. 

As indicações do gestor para os turistas, além do chope que conta com um gás especial para armazenamento e custa de R$ 9,90 a R$ 16,90, são o pastel de queijo (R$ 19,90 a R$ 35,90) e o torresmo com mandioca cozida (R$ 56,90). Além disso, para o almoço self-service, que estará disponível de 10h40 às 15h30, as recomendações são o frango com quiabo e o feijão tropeiro.

Bença Bençoi 

“Queria um bar que se eu estivesse de chinelos estaria tudo bem e, se eu estivesse de terno, também”, comenta Marcelo Oliveira, dono do Bença Bençoi, localizado na rua Diamantina, 492, no bairro Lagoinha.

Inaugurado em 2021 com quintal e música ao vivo, o bar foi instalado em um local que atendia a todos os requisitos que os donos tinham em mente. Com poucas reformas após a aquisição do espaço, Oliveira ressalta que um restaurante na Lagoinha pode fazer com que a região seja valorizada.

Com drinques exclusivos e fora do comum, o barman Conrado Salazar dá vida a histórias e personagens de Belo Horizonte, especificamente, da região da Lagoinha, usando ingredientes como pequi, no drinque Maria Tomba Homi (R$ 18), doce de figo do Mestre Conga (R$ 31) e licor de jenipapo Hilda Furacão (R$ 27,50). 

Especialmente para os turistas, o dono indica os chips de jiló (R$ 14,90), que são os itens mais pedidos do cardápio, os pães de queijo recheados (R$ 22,90), a costelinha ao molho barbecue (R$ 47,90) e a língua de boi (R$ 39,90). 

Apesar de estarem fechados na segunda e terça-feira de Carnaval, o local já conta com algumas reservas de aniversário nos outros dias e promete ser uma pequena fuga da “muvuca” da folia com música ao vivo, com voz e violão. 

Trintaeum

O “caçula” da lista, que abriu as portas em dezembro de 2024, tem o objetivo de trazer a tradição de forma sofisticada. O Trintaeum conta com uma carta de vinhos 100% mineira, além de uma curadoria minuciosa, e vem conquistando espaço na capital mineira.

Segundo a dona e chef do restaurante, Ana Gabriela Costa, o mixologista Cássio Batista “faz ótimas adaptações para os clássicos, trazendo a cachaça como protagonista na carta de drinques autorais e desenvolvendo as sodas artesanais que são o destaque no cardápio de não alcoólicos”.

Apesar de não abrir durante os dias do Carnaval, a cozinha do Trintaeum volta à todo vapor na sexta-feira (7) com um cardápio que conta com um carrinho de degustação de queijos escolhidos por um especialista.

Além disso, as indicações da chef são três tipos de pratos com angu de milho verde, além do frango com quiabo (R$ 99), lombinho (R$ 86), “Porco Sem Mágoas” (R$ 88), e as sobremesas que são um pedaço da cultura mineira no prato dos visitantes.

Localizado na rua Professor Antônio Aleixo, 20, no Lourdes, o restaurante também aceita reservas por WhatsApp. 

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