Gestão

Falha de gestão: confira os 5 ‘ralos financeiros’ em consultórios médicos

Especialistas destacam quais são os principais fatores que impactam diretamente no lucro de negócios da área da saúde
Falha de gestão: confira os 5 ‘ralos financeiros’ em consultórios médicos
Foto: Reprodução Adobe Stock

Assim como em qualquer outro negócio, a gestão de um consultório ou clínica médica demanda alguns cuidados que, se não observados, podem resultar em perda de dinheiro. São os chamados “ralos financeiros”. Entender quais são os principais e como resolvê-los é fundamental para ter um empreendimento bem-sucedido na área da saúde.

Os cinco maiores ralos financeiros 

A especialista em planejamento tributário Julia Lázaro e o supervisor financeiro Nilson Gabriel Andrade Barbosa explicam que o “ralo financeiro é tudo aquilo que faz o dinheiro ‘escorrer’ da clínica, sem que os gestores percebam de imediato. Assim como um ralo mal vedado deixa a água escapar, esses problemas fazem os recursos financeiros sumirem aos poucos, ou até rapidamente, prejudicando o resultado final. “Na prática, são gargalos na gestão, falhas de processos ou omissões que impactam diretamente o caixa, afetam a saúde financeira do negócio”, complementa Barbosa.

Dentre os principais, é possível citar: 

  • Faturamento: deixar de obter receitas imprescindíveis para a sustentabilidade do negócio, como a não renegociação com convênios, as glosas (não cobertura de algum item pela operadora de saúde) e a não cobrança, dos convênios, de materiais e medicamentos;
  • Tesouraria: falta de capital de giro e de controle do fluxo de caixa, resultado, por exemplo, da antecipação de recebíveis de cartão e falta de conciliação da maquininha de cartões;
  • Impostos: deixar de fazer um planejamento tributário especializado é desperdício de dinheiro, podendo gerar, por exemplo, a bitributação;
  • Compras e estoque: comprar em pequena quantidade parcelada, não aplicar técnicas de negociação de compras e não controlar estoque estão entre os fatores de desperdício de recursos;
  • Gestão de pessoas: a rotatividade do quadro de colaboradores, falta de preparo para prestar bom atendimento, bem como a ausência de comissionamento estruturado e de engajamento são alguns dos aspectos neste ponto.

Como evitar e resolver possíveis ralos financeiros

Julia Lázaro também afirma que esses ralos surgem e se expandem quando o profissional foca exclusivamente na prestação do serviço médico. Isso é fundamental, entretanto, a gestão do negócio também deve merecer atenção, cuidado aprimorado. “Às vezes, até há um administrador, porém sem o conhecimento especializado necessário para clínicas”, ressalta.

Com isso, para resolver esses ralos e cessar o desperdício de recursos, é preciso, primeiro, conhecer onde estão tais vazamentos. A partir daí, também é possível buscar assessoria especializada, capaz de combinar os conhecimentos em contabilidade com as especificidades dos negócios em saúde.

Colaborador

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