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Como o voluntariado pode gerar valor para as empresas? Veja 5 dicas para incorporar a prática

Especialista aponta como as empresas podem integrar essa prática à sua estratégia de negócios
Como o voluntariado pode gerar valor para as empresas? Veja 5 dicas para incorporar a prática
Crédito: Adobe Stock

Uma pesquisa conduzida pela plataforma de consultoria TeamStage mostra que 70% do trabalho voluntário mundial é realizado informalmente, ou seja, pelo envolvimento das pessoas em grupos religiosos, sociais e político. No Brasil, entretanto, este número é bem menor, com a maior parte da população não envolvida em práticas voluntárias.

Em meio a discussões sobre responsabilidade social corporativa, apenas 4,2% dos brasileiros se consideram voluntários, conforme revela o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD).

O Presidente do Conselho de Administração da Parceiros Voluntários – uma Organização da Sociedade Civil (OSC) -, Daniel Santoro, aponta que as empresas podem desempenhar papel fundamental na mudança desse cenário e, ao mesmo tempo, gerar valor para seus negócios e para a sociedade.

Santoro destaca que, enquanto nos Estados Unidos o voluntariado contribui com mais de US$ 200 milhões para as comunidades, no Brasil, o potencial desse trabalho ainda não é completamente reconhecido.

Para ele, as organizações têm a oportunidade de incorporar o voluntariado à sua cultura e estratégia de negócios para aumentar o bem-estar, desenvolver novos projetos e gerar valor.

“Para as empresas, além de aumentar o bem-estar e engajamento dos colaboradores, em especial, para gerações mais novas na busca de um propósito nas organizações, isso [o voluntariado] pode ser uma nova frente para desenvolver novas competências e, consequentemente, gerar valor aos negócios”, comenta.

Ele também fornece algumas dicas para aplicar o voluntariado em sua empresa. Veja abaixo.

5 estratégias para integrar o voluntariado na cultura corporativa

  1. Compreender a distinção entre voluntariado e filantropia: o voluntariado não deve ser visto como um ato isolado de caridade, mas como uma oportunidade para as empresas se envolverem ativamente com as comunidades e gerarem valor de longo prazo.
  2. Incorporando o ESG: o voluntariado refere-se ao ‘S’ do ESG. O impacto gerado nas comunidades do entorno deve ser dimensionado e transformado em ativo por meio da mobilização e engajamento.
  3. Mapear a diversidade do público interno: cada colaborador traz consigo diferentes interesses e motivações para o voluntariado. Criar espaços de diálogo aberto pode ajudar as empresas a identificar e aproveitar essas diversidades em suas iniciativas.
  4. Utilizar tecnologia de forma estratégica: a tecnologia pode ser uma aliada na implementação e gestão de programas de voluntariado. No entanto, é essencial escolher as ferramentas adequadas e definir objetivos claros para garantir o sucesso das iniciativas.
  5. Buscar orientação especializada: o voluntariado é uma prática complexa que envolve aspectos emocionais e sociais. Contar com a orientação de especialistas pode ajudar as empresas a desenvolver programas eficazes e mensurar seu impacto de forma precisa.
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